Santa Mônica
Mônica nasceu em Tagaste, atual Argélia, na África,
no ano 331, no seio de uma família cristã. Desde muito cedo dedicou sua vida a
ajudar os pobres, que visitava com freqüência, levando o conforto por meio da
Palavra de Deus. Teve uma vida muito difícil. O marido era um jovem pagão muito
rude, de nome Patrício, que a maltratava. Mônica suportou tudo em silêncio e
mansidão. Encontrava o consolo nas orações que elevava a Cristo e à Virgem
Maria pela conversão do esposo. E Deus recompensou sua dedicação, pois ela pôde
assistir ao batismo do marido, que se converteu sinceramente um ano antes de
morrer.
Tiveram dois filhos, Agostinho e Navígio, e uma
filha, Perpétua, que se tornou religiosa. Porém Agostinho foi sua grande
preocupação, motivo de amarguras e muitas lágrimas. Mesmo dando bons conselhos
e educando o filho nos princípios da religião cristã, a vivacidade,
inconstância e o espírito de insubordinação de Agostinho fizeram que a sábia
mãe adiasse o seu batismo, com receio que ele profanasse o sacramento.
E teria acontecido, porque Agostinho, aos
dezesseis anos, saindo de casa para continuar os estudos, tomou o caminho dos
vícios. O coração de Mônica sofria muito com as notícias dos desmandos do filho
e por isso redobrava as orações e penitências. Certa vez, ela foi pedir os
conselhos do bispo, que a consolou dizendo: "Continue a rezar, pois é
impossível que se perca um filho de tantas lágrimas".
Agostinho tornou-se um brilhante professor de
retórica em Cartago. Mas, procurando fugir da vigilância da mãe aflita, às
escondidas embarcou em um navio para Roma, e depois para Milão, onde conseguiu
o cargo de professor oficial de retórica.
Mônica, desejando a todo custo ver a recuperação
do filho, viajou também para Milão, onde, aos poucos, terminou seu sofrimento.
Isso porque Agostinho, no início por curiosidade e retórica, depois por
interesse espiritual, tinha se tornado freqüentador dos envolventes sermões de
santo Ambrósio. Foi assim que Agostinho se converteu e recebeu o batismo, junto
com seu filho Adeodato. Assim, Mônica colhia os frutos de suas orações e de
suas lágrimas.
Mãe e filho decidiram voltar para a terra natal,
mas, chegando ao porto de Óstia, perto de Roma, Mônica adoeceu e logo depois
faleceu. Era 27 de agosto de 387 e ela tinha cinqüenta e seis anos.
O papa Alexandre III confirmou o tradicional culto
a santa Mônica, em 1153, quando a proclamou Padroeira das Mães Cristãs. A sua
festa deve ser celebrada no mesmo dia em que morreu. O seu corpo, venerado
durante séculos na igreja de Santa Áurea, em Óstia, em 1430 foi trasladado para
Roma e depositado na igreja de Santo Agostinho.
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