OSEMEADOR2004


"Ensinai-me a fazer a vossa vontade, pois sois o meu Deus. Que vosso Espírito de Bondade me conduza pelo caminho reto." (Salmo 142,10) !!!

A Parábola do Semeador



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ORAÇÃO DE FÉ

ORAÇÃO DE FÉ
ACORDAR COM FÉ

Irmãos e Irmãs vamos acordar missiónarios todos os dias de nossa vida.

ORAÇÃO DE FÉ:

Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.


INVOQUEMOS O ESPÍRITO SANTO PARA FAZERMOS A LEITURA DO EVANGELHO:

Oração do Espírito Santo

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

Oremos

Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

sábado, 7 de abril de 2012


SÁBADO SANTO - VIGÍLIA PASCAL



Evangelho (Marcos 16,1-7)
— O Senhor esteja convosco. 
— Ele está no meio de nós. 
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!
16 1 Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ungir Jesus. 2 E no primeiro dia da semana, foram muito cedo ao sepulcro, mal o sol havia despontado. 3 E diziam entre si: "Quem nos há de remover a pedra da entrada do sepulcro?" 4 Levantando os olhos, elas viram removida a pedra, que era muito grande. 5 Entrando no sepulcro, viram, sentado do lado direito, um jovem, vestido de roupas brancas, e assustaram-se. 6 Ele lhes falou: "Não tenhais medo. Buscais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar onde o depositaram. 7 Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galiléia. Lá o vereis como vos disse". 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!


  

São João Batista de La Salle

Nasceu na França, em Reims, no ano de 1651, dentro de uma família abastada. Perdeu muito cedo seus pais, e foi ele, com este amor alimentado na oração, na vivência dos mandamentos, na vida sacramental, que educou os seus irmãos. E o carisma da educação foi brotando naquele coração chamado à vida religiosa e sacerdotal.

Estudou em Paris, e deu passos concretos de encontro às necessidades no campo da educação: cuidar e educar de maneira virtuosa os homens. Sendo assim, foi uma resposta de Deus para a Igreja.

La Salle teve uma santidade reconhecida pela sociedade. Doze 'irmãos' se uniram a ele nesse projeto de Deus. Esse sacerdote, centrado na Eucaristia, teve suas escolas populares espalhadas pela França, Europa, e hoje, pelo mundo.

São João Batista de La Salle, fundador dos “irmãos das escolas cristãs”, nos prova que quando se tem uma inspiração, e como Igreja, ela fará bem à sociedade, vale a pena nos doarmos, mesmo que a incompreensão nos visite.

Faleceu com quase 70 anos, e é intercessor dos mestres e educadores, para que sejamos na sociedade um sinal de esperança.

São João Batista de La Salle, rogai por nós!

sexta-feira, 6 de abril de 2012




SEXTA FEIRA SANTA  
PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
(DIA DE JEJUM E ABSTINÊNCIA) 




EVANGELHO (João 18,1-19,42)
— O Senhor esteja convosco. 
— Ele está no meio de nós. 
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Joâo.
— Glória a vós, Senhor!
Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo João. 
N: Naquele tempo, 1 Jesus saiu com os seus discípulos para além da torrente de Cedron, onde havia um jardim, no qual entrou com os seus discípulos. 2 Judas, o traidor, conhecia também aquele lugar, porque Jesus ia freqüentemente para lá com os seus discípulos. 3 Tomou então Judas a coorte e os guardas de serviço dos pontífices e dos fariseus, e chegaram ali com lanternas, tochas e armas. 4 Como Jesus soubesse tudo o que havia de lhe acontecer, adiantou-se e perguntou-lhes: 
P: "A quem buscais?" 
N: 5 Responderam: 
G: ´A Jesus de Nazaré". 
N: Jesus respondeu: 
P: "Sou eu". 
N: Também Judas, o traidor, estava com eles. 6 Quando lhes disse Sou eu, recuaram e caíram por terra. 7 Perguntou-lhes ele, pela segunda vez: 
P: "A quem buscais?" 
N: Disseram: 
P: "A Jesus de Nazaré". 
N: 8 Replicou Jesus: 
P: "Já vos disse que sou eu. Se é, pois, a mim que buscais, deixai ir estes". 
N: 9 Assim se cumpriu a palavra que disse: "Dos que me deste não perdi nenhum". 10 Simão Pedro, que tinha uma espada, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha direita. O servo chamava-se Malco. 11 Mas Jesus disse a Pedro: 
P: "Enfia a tua espada na bainha! Não hei de beber eu o cálice que o Pai me deu?" 
N: 12 Então a corte, o tribuno e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o ataram. 13 Conduziram-no primeiro a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano. Caifás fora quem dera aos judeus o conselho: "Convém que um só homem morra em lugar do povo". 15 Simão Pedro seguia Jesus, e mais outro discípulo. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio da casa do sumo sacerdote, porém 16 Pedro ficou de fora, à porta. Mas o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu e falou à porteira, e esta deixou Pedro entrar. 17 A porteira perguntou a Pedro: 
L: "Não és acaso também tu dos discípulos desse homem?" 
N: Respondeu Pedro: 
L: "Não o sou." 
N: 18 Os servos e os guardas acenderam um fogo, porque fazia frio, e se aqueciam. Com eles estava também Pedro, de pé, aquecendo-se. 19 O sumo sacerdote indagou de Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. 20 Jesus respondeu-lhe: 
P: "Falei publicamente ao mundo. Ensinei na sinagoga e no templo, onde se reúnem os judeus, e nada falei às ocultas. 21 Por que me perguntas? Pergunta àqueles que ouviram o que lhes disse. Estes sabem o que ensinei". 
N: 22 A estas palavras, um dos guardas presentes deu uma bofetada em Jesus, dizendo: "É assim que respondes ao sumo sacerdote?" Replicou-lhe Jesus: 
P: 23 "Se falei mal, prova-o, mas se falei bem, por que me bates?" 
N: 24 Anás enviou-o preso ao sumo sacerdote Caifás. 25 Simão Pedro estava lá se aquecendo. Perguntaram-lhe: 
G: "Não és porventura, também tu, dos seus discípulos?" 
N: Pedro negou: 
L: "Não!" 
N: 26 Disse-lhe um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha: 
L: "Não te vi eu com ele no horto?" 
N: 27 Mas Pedro negou-o outra vez, e imediatamente o galo cantou. 28 Da casa de Caifás conduziram Jesus ao pretório. Era de manhã cedo. Mas os judeus não entraram no pretório, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa. 29 Saiu, por isso, Pilatos para ter com eles, e perguntou: 
L: "Que acusação trazeis contra este homem?" 
N: 30 Responderam-lhe: 
G: "Se este não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti". 
N: 31 Disse, então, Pilatos: 
L: "Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a vossa lei". 
N: Responderam-lhe os judeus: 
G: "Não nos é permitido matar ninguém". 
N: 32 Assim se cumpria a palavra com a qual Jesus indicou de que gênero de morte havia de morrer. Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: 
L: "És tu o rei dos judeus?" 
N: 34 Jesus respondeu: 
P: "Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim?" 
N: 35 Disse Pilatos: 
L: "Acaso sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?" 
N: 36 Respondeu Jesus: 
P: "O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo". 
N: 37 Perguntou-lhe então Pilatos: 
L: "És, portanto, rei?" 
N: Respondeu Jesus: 
P: "Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz". 
N: 38Disse-lhe Pilatos: 
L: "O que é a verdade?" 
N: Falando isso, saiu de novo, foi ter com os judeus e disse-lhes: 
L: "Não acho nele crime algum. 39 Mas é costume entre vós que pela Páscoa vos solte um preso. Quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?" 
N: 40 Então todos gritaram novamente e disseram: 
G: 19 1 "Não! A este não! Mas a Barrabás!" 
N: Barrabás era um salteador. Pilatos mandou então flagelar Jesus. 2 Os soldados teceram de espinhos uma coroa e puseram-lha sobre a cabeça e cobriram-no com um manto de púrpura. 3Aproximavam-se dele e diziam: 
G: "Salve, rei dos judeus!" 
N: E davam-lhe bofetadas. 4 Pilatos saiu outra vez e disse-lhes: 
L: "Eis que vo-lo trago fora, para que saibais que não acho nele nenhum motivo de acusação". 
N: 5 Apareceu então Jesus, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse: 
L: "Eis o homem!" 
N: 6 Quando os pontífices e os guardas o viram, gritaram: 
G: "Crucifica-o! Crucifica-o!" 
N: Falou-lhes Pilatos: 
L: "Tomai-o vós e crucificai-o, pois eu não acho nele culpa alguma". 
N: Responderam-lhe os judeus: 
G: 7 "Nós temos uma lei, e segundo essa lei ele deve morrer, porque se declarou Filho de Deus". 
N: 8 Estas palavras impressionaram Pilatos. 9 Entrou novamente no pretório e perguntou a Jesus: 
L: "De onde és tu?"
N: Mas Jesus não lhe respondeu. 10 Pilatos então lhe disse: 
L: "Tu não me respondes? Não sabes que tenho poder para te soltar e para te crucificar?" 
N: 11 Respondeu Jesus: 
P: "Não terias poder algum sobre mim, se de cima não te fora dado. Por isso, quem me entregou a ti tem pecado maior". 
N: 12 Desde então Pilatos procurava soltá-lo. Mas os judeus gritavam: 
G: "Se o soltares, não és amigo do imperador, porque todo o que se faz rei se declara contra o imperador". 
N: 13 Ouvindo estas palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Lajeado, em hebraico Gábata. 14 Era a Preparação para a Páscoa, cerca da hora sexta. Pilatos disse aos judeus: 
L: "Eis o vosso rei!" 
N: 15 Mas eles clamavam: 
G: "Fora com ele! Fora com ele! Crucifica-o!" 
N: Pilatos perguntou-lhes: 
L: "Hei de crucificar o vosso rei?" 
N: Os sumos sacerdotes responderam: 
G: "Não temos outro rei senão César!" 
N: 16 Entregou-o então a eles para que fosse crucificado. Levaram então consigo Jesus. 17 Ele próprio carregava a sua cruz para fora da cidade, em direção ao lugar chamado Calvário, em hebraico Gólgota. 18 Ali o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio. 19 Pilatos redigiu também uma inscrição e a fixou por cima da cruz. Nela estava escrito: "Jesus de Nazaré, rei dos judeus". 20 Muitos dos judeus leram essa inscrição, porque Jesus foi crucificado perto da cidade e a inscrição era redigida em hebraico, em latim e em grego. 21 Os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: 
G: "Não escrevas: ´Rei dos judeus´, mas sim: ´Este homem disse ser o rei dos judeus´". 
N: 22 Respondeu Pilatos: 
L: "O que escrevi, escrevi". 
N: 23 Depois de os soldados crucificarem Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram delas quatro partes, uma para cada soldado. A túnica, porém, toda tecida de alto a baixo, não tinha costura. 24 Disseram, pois, uns aos outros: 
G: "Não a rasguemos, mas deitemos sorte sobre ela, para ver de quem será". 
N: Assim se cumpria a Escritura: "Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sorte sobre a minha túnica". Isso fizeram os soldados. 25 Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. 26 Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: 
P: "Mulher, eis aí teu filho". 
N: 27 Depois disse ao discípulo: 
P: "Eis aí tua mãe". 
N: E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa. 28 Em seguida, sabendo Jesus que tudo estava consumado, para se cumprir plenamente a Escritura, disse: 
P: "Tenho sede". 
N: 29 Havia ali um vaso cheio de vinagre. Os soldados encheram de vinagre uma esponja e, fixando-a numa vara de hissopo, chegaram-lhe à boca. 30 Havendo Jesus tomado do vinagre, disse: 
P: "Tudo está consumado". 
N: Inclinou a cabeça e rendeu o espírito. 
N: 31 Os judeus temeram que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. 32 Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro, que com ele foram crucificados. 33 Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, 34 mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água. 35 O que foi testemunha desse fato o atesta (e o seu testemunho é digno de fé, e ele sabe que diz a verdade), a fim de que vós creiais. 36 Assim se cumpriu a Escritura: "Nenhum dos seus ossos será quebrado". 37 E diz em outra parte a Escritura: "Olharão para aquele que transpassaram". 38 Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, mas ocultamente, por medo dos judeus, rogou a Pilatos a autorização para tirar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu. Foi, pois, e tirou o corpo de Jesus. 39 Acompanhou-o Nicodemos (aquele que anteriormente fora de noite ter com Jesus), levando umas cem libras de uma mistura de mirra e aloés. 40 Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar. 41 No lugar em que ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. 42 Foi ali que depositaram Jesus por causa da Preparação dos judeus e da proximidade do túmulo. 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!




São Marcelino

Ocupou um cargo eminente no Império Romano entre os séculos IV e V, tanto que o imperador Honório o enviou para a África, em Cartago, devido a uma confusão com os donatistas, que ensinavam que a eficácia dos sacramentos dependia da santidade dos ministros.

Marcelino se aconselhou com seu amigo, Santo Agostinho, que era bispo de Hipona. E juntos, buscaram o bem comum e a paz para aquela cidade.

O santo de hoje foi mártir. Os donatistas vendo nele um entrave para os interesses pessoais, mandaram assassiná-lo.

Pai de família, São Marcelino é exemplo para quem quer doar-se pela verdade e pela justiça.

São Marcelino, rogai por nós!

quinta-feira, 5 de abril de 2012



QUINTA FEIRA SANTA – MISSA DA CEIA DO SENHOR
"TENDO-OS OS AMADO, AMOU-OS ATÉ O FIM!"




EVANGELHO (João 13,1-15)
— O Senhor esteja convosco. 
— Ele está no meio de nós.
 
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!
13 1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou. 2 Durante a ceia, - quando o demônio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de traí-lo -, 3 sabendo Jesus que o Pai tudo lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, 4 levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela. 5 Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido. 6 Chegou a Simão Pedro. Mas Pedro lhe disse: "Senhor, queres lavar-me os pés!" 7 Respondeu-lhe Jesus: "O que faço não compreendes agora, mas compreendê-lo-ás em breve". 8 Disse-lhe Pedro: "Jamais me lavarás os pés!" Respondeu-lhe Jesus: "Se eu não tos lavar, não terás parte comigo".9 Exclamou então Simão Pedro: "Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça". 10 Disse-lhe Jesus: "Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se; está inteiramente puro. Ora, vós estais puros, mas nem todos!" 11 Pois sabia quem o havia de trair; por isso, disse: "Nem todos estais puros".12 Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: "Sabeis o que vos fiz? 13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. 14 Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros. 15 Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós". 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!





São Vicente Ferrer

Nascido na Espanha em 1350, viveu em tempos difíceis pois, por influência política, havia um cisma na Igreja do Ocidente: por Cardeais foi declarada inválida a eleição de Urbano VI como Papa, e foi escolhido Roberto de Genebra que tomou o nome de Clemente VII. As coroas ibéricas procuraram manter-se neutras entre os dois Papas, mas o de Avinhão esforçou-se por conquistar a obediência delas e mandou como seu legado o Cardeal Pedro de Luna. Este procurou o apoio de Vicente, que lho deu em boa fé e escreveu um tratado sobre o cisma.

São Vicente acompanhou o mesmo legado nalgumas viagens por esses reinos, regressando depois ao ensino e à pregação em Valência. Pouco depois, volta Pedro de Luna a Avinhão e sucede a Clemente VII como Papa, tomando o nome de Bento XIII. E é reclamada a presença de Vicente em Avinhão, onde passa uns anos.

São Vicente Ferrer foi um santo religioso dominicano, grande pregador e fiel ao carisma. Ele pregava sobre a segunda vinda de Jesus, o Juízo Final, mas de uma maneira que provocava uma conversão nas pessoas. Sua pregação, Deus a confirmava com sinais, milagres e conversões.

Um homem de penitência, da verdade, da esperança, que semeava a unidade e essa expectativa do Senhor que voltará.

Vicente pôde contribuir para a eleição do Papa e pôde deixar bem claro, pela sua vida, que a Palavra de Deus precisa ser anunciada com o espírito e com uma vida a serviço da verdade e da Igreja.

São Vicente Ferrer, rogai por nós!

quarta-feira, 4 de abril de 2012





Evangelho (Mateus 26,14-25)
— O Senhor esteja convosco. 
— Ele está no meio de nós.
 
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
26 14 Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e perguntou-lhes: 15 "Que quereis dar-me e eu vo-lo entregarei". Ajustaram com ele trinta moedas de prata. 16 E desde aquele instante, procurava uma ocasião favorável para entregar Jesus. 17 No primeiro dia dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: "Onde queres que preparemos a ceia pascal?" 18 Respondeu-lhes Jesus: "Ide à cidade, à casa de um tal, e dizei-lhe: ´O Mestre manda dizer-te: Meu tempo está próximo. É em tua casa que celebrarei a Páscoa com meus discípulos´". 19 Os discípulos fizeram o que Jesus tinha ordenado e prepararam a Páscoa. 20 Ao declinar da tarde, pôs-se Jesus à mesa com os doze discípulos. 21 Durante a ceia, disse: "Em verdade vos digo: um de vós me há de trair". 22 Com profunda aflição, cada um começou a perguntar: "Sou eu, Senhor?" 23 Respondeu ele: "Aquele que pôs comigo a mão no prato, esse me trairá. 24 O Filho do Homem vai, como dele está escrito. Mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Seria melhor para esse homem que jamais tivesse nascido!" 25 Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: "Mestre, serei eu?" "Sim", disse Jesus. 
- Palavra da Salvação.
 

- Glória a Vós, Senhor!





Santo Isidoro

O santo de hoje é resultado de uma família de santos, gente que buscou a vontade de Deus em tudo.

Nasceu na Espanha no ano de 560, perdeu os pais muito cedo e ficou aos cuidados dos irmãos que, recebendo dos pais uma ótima formação cristã, puderam introduzir o pequeno Isidoro a este relacionamento com Deus.

Ele se deparou com muitos limites, por exemplo, nos estudos. E fugia desse compromisso.

No entanto, com a graça divina e o esforço humano, ele transcendeu e retomou os estudos, tornando-se um dos homens mais cultos, versados e reconhecido pela Igreja como doutor.

Santo Isidoro foi um homem humilde, de oração e penitência, que buscava a salvação das almas, a edificação das pessoas.

Com o falecimento de um irmão seu, foi eleito bispo em Sevilha, consumindo-se de amor a Cristo, no povo.

Santo Isidoro, rogai por nós!

terça-feira, 3 de abril de 2012





Evangelho (João 13,21-33.36-38)
— O Senhor esteja convosco. 
— Ele está no meio de nós. 
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!
13 21 Dito isso, Jesus ficou perturbado em seu espírito e declarou abertamente: "Em verdade, em verdade vos digo: um de vós me há de trair!" 22 Os discípulos olhavam uns para os outros, sem saber de quem falava. 23 Um dos discípulos, a quem Jesus amava, estava à mesa reclinado ao peito de Jesus. 24 Simão Pedro acenou-lhe para dizer-lhe: "Dize-nos, de quem é que ele fala". 25 Reclinando-se este mesmo discípulo sobre o peito de Jesus, interrogou-o: "Senhor, quem é?" 26 Jesus respondeu: "É aquele a quem eu der o pão embebido". Em seguida, molhou o pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. 27 Logo que ele o engoliu, Satanás entrou nele. Jesus disse-lhe, então: "O que queres fazer, faze-o depressa". 28 Mas ninguém dos que estavam à mesa soube por que motivo lho dissera. 29 Pois, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que Jesus lhe falava: "Compra aquilo de que temos necessidade para a festa". Ou: "Dá alguma coisa aos pobres". 30 Tendo Judas recebido o bocado de pão, apressou-se em sair. E era noite. 31 Logo que Judas saiu, Jesus disse: "Agora é glorificado o Filho do Homem, e Deus é glorificado nele. 32 Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará em breve. 33 Filhinhos meus, por um pouco apenas ainda estou convosco. Vós me haveis de procurar, mas como disse aos judeus, também vos digo agora a vós: para onde eu vou, vós não podeis ir. 34 Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. 35 Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. 36 Perguntou-lhe Simão Pedro: "Senhor, para onde vais?" Jesus respondeu-lhe: "Para onde vou, não podes seguir-me agora, mas seguir-me-ás mais tarde". 37 Pedro tornou a perguntar: "Senhor, por que te não posso seguir agora? Darei a minha vida por ti!" 38 Respondeu-lhe Jesus: "Darás a tua vida por mim! Em verdade, em verdade te digo: não cantará o galo até que me negues três vezes". 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!




Santos Marino e Astério

Os santos de hoje foram mártires no século III. São Marino era oficial romano, mas sobretudo, cristão. Já tinha feito seu caminhar com Cristo, estando em constante aprofundamento. No Império, não era reconhecido como cristão, e nem era possível uma evangelização aberta. Mas com sua vida, seu jeito profissional de ser, comunicava a verdade e o amor. Era cogitado para ocupar uma posição chave: a de centurião romano na Cesareia.

Outros queriam esse cargo, e sabiam que ele era cristão. Por isso, um deles levantou uma lei antiga,onde para assumir o cargo era preciso antes sacrificar aos deuses. Imediatamente, Marino revelou publicamente que não poderia fazer isso e professou sua fé. Pela admiração que muitos tinham por ele, não o mataram na hora. Deram a ele três horas para escolher entre apostatar da fé ou morrer. 

Ao sair do pretório, encontrou-se com o bispo Teotecno que o levou à igreja e, apontando-lhe para uma espada e para o Evangelho, o motivou a fazer uma escolha digna de cristão. O oficial livremente abraçou o Evangelho. 

Passado o tempo, as autoridades o quiseram ouvir. Marino permaneceu fiel por amor a Cristo e à Igreja e acabou sendo degolado. Isto no ano de 260.

De repente, Astério se aproximou do corpo, cobriu-o e enterrou o oficial. Ele sabia que isso poderia levá-lo ao martírio também. E foi o que aconteceu.

O testemunho deles nos convida a evangelizarmos a partir da nossa vida, e em todos os lugares da sociedade, e a nunca renunciarmos nossa fé, mesmo que o martírio nos espere.

Santos Marino e Astério, rogai por nós!

segunda-feira, 2 de abril de 2012





Evangelho (João 12,1-11)
— O Senhor esteja convosco. 
— Ele está no meio de nós. 
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!
12 1 Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus a Betânia, onde vivia Lázaro, que ele ressuscitara. 2 Deram ali uma ceia em sua honra. Marta servia e Lázaro era um dos convivas. 3 Tomando Maria uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa encheu-se do perfume do bálsamo. 4 Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair, disse: 5 "Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres?" 6 Dizia isso não porque ele se interessasse pelos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, furtava o que nela lançavam. 7 Jesus disse: "Deixai-a; ela guardou este perfume para o dia da minha sepultura. 8 Pois sempre tereis convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis". 9 Uma grande multidão de judeus veio a saber que Jesus lá estava; e chegou, não somente por causa de Jesus, mas ainda para ver Lázaro, que ele ressuscitara. 10 Mas os príncipes dos sacerdotes resolveram tirar a vida também a Lázaro, 11 porque muitos judeus, por causa dele, se afastavam e acreditavam em Jesus. 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2012 ABRA TE À RESTAURAÇÃO



A graça de perseverar 
Pe. Zezinho, scj 

Volúvel é o ser humano. Não se fixa em muitas coisas. Muitas vezes se fixa é no pecado, no qual não deveria perseverar enquanto abandona e trai a virtude, esta sim, motivo para perseverar. Não poucas vezes, o casal começa com juras de amor e de carinho eterno. Vem a dificuldade e um deles desiste. Pai ou mãe chora de emoção com o nascimento do filho no hospital. Vem a dificuldade e, ele ou ela, acaba fugindo de casa, sem o filho por quem chorou no dia do nascimento. 

O religioso se compromete, faz os votos. Vem a dificuldade e ele opta por outro caminho. Não agüentava mais aquele sacrifício. Descobriu que não estava pronto para tamanho peso. Assim, os que trocam de empresa, de profissão, de amor, de família! Todos eles seguiram outro caminho, ou porque o achavam melhor ou porque o outro estava difícil demais. 

Ninguém pode condenar alguém porque mudou. Sem conhecer todos os porquês, não há como emitir um julgamento. Na verdade, jamais conheceremos todos os porquês de uma pessoa. 

Fato é fato. A nossa é uma sociedade em que pouco se favorece o dom da perseverança. Pelo contrário, muitíssimas mensagens sugerem que se busque o novo. Embutido na proposta, o conselho de que quando as coisas ficam difíceis não faz sentido continuar ... É graça que se deve pedir. 

www.padrezezinhoscj.com 
Comentários para: online@paulinas.com.br 
Uma reflexão para quem viveu a Páscoa de Cristo... 

Por que o Amor não pôde mais ficar sozinho foi que resolveu se entregar á paixão. 
E foi assim que Ele se rendeu... 
Uma história de mistério, muitas vezes inacreditável: 
Como pôde o Amor se entregar assim? 
Outras vezes, inconcebível: 
Eu jamais faria isso! 
E poucas vezes imitada. 
Não é fácil se entregar por alguém que não merece; antes é preciso se humilhar, servir, ser incompreendido. 
Mas o Amor aceitou tudo isso e colocou-se no meio da avareza, da luxúria, do egoísmo, da vaidade, do orgulho e de tantos outros irmãos corrompidos, e mostrou a eles a face de Deus. 

Mas, que pena! Eles não quiseram ver! 
O Amor esvaziou-se por completo; abaixou-se aos pés dos outros; e esperou pela segunda bofetada. 
Ele não errou em nada. 
Somente se doou em tudo e por inteiro. 
Por fim aconteceu. 
A paixão veio para Ele. 
Ainda que naquele momento de angústia tenha pedido ajuda do céu. 
A paixão o encontrou. 
Depois a morte o abraçou. 
E, para a nossa redenção, a glória aconteceu. 
Todo esse caminho para que nenhum irmão ficasse sozinho. 

Letícia Martins






Santo Abôndio
Segundo a tradição, Abôndio teria nascido na Tessalônica, Grécia. Alguns estudiosos não aceitam esta informação, porque o seu nome tem raiz latina e, além disso, não existe registro algum sobre sua vida antes de sua ordenação sacerdotal. Entretanto, temos dele uma rica documentação do exercício do seu apostolado e das vitórias que trouxe à Igreja.

Assim, começamos a narrá-lo a partir de 17 de novembro de 440, quando foi consagrado bispo de Como, Itália. Era nesta cidade que Abôndio vivia, exercendo a função de assistente do bispo Amâncio, o qual sucedeu.

Mas dirigiu por pouco tempo essa diocese, pois o papa Leão Magno o chamou para trabalhar a seu lado em Roma. Abôndio era um teólogo muito conceituado, falava com fluência o latim e o grego, por isso foi designado para resolver uma missão delicada, até mesmo perigosa, para a Igreja. Deveria ir para Constantinopla como representante do papa junto ao imperador Teodósio II. Ali sua missão seria restabelecer de modo duradouro a unidade da fé, depois do conflito doutrinal gerado pelo bispo Nestório. Tal heresia, conhecida como nestoriana, estava ocasionando uma séria divisão dentro do clero da Igreja, pois tratava sobre a pessoa humana e divina de Cristo.

Embora as discussões pudessem ser feitas em Roma, um território neutro, como Constantinopla, era mais prudente para evitar algum ataque pessoal mais grave. Mas quando chegou, em 450, o imperador havia morrido e o sucessor era Marciano. Assim, organizou e presidiu um Concílio, no qual defendeu com tenacidade a doutrina católica sobre a natureza de Cristo, tal como estava exposta na carta escrita pelo papa ao bispo Flaviano, patriarca de Constantinopla que havia aderido ao cisma, e da qual Abôndio era seu portador.

Abôndio finalizou com sucesso a sua missão em Constantinopla, com todos os bispos do Oriente, inclusive o imperador Marciano, aceitando e assinando o documento enviado pelo papa, colocando um fim na questão nestoriana. Quando regressou para Roma em 451, foi acolhido com festa pelos fiéis. Cumpriu uma outra missão similar no norte da Itália e foi para a sua diocese em Como. Só então pôde exercer seu episcopado plenamente, sendo reconhecido em toda a região como um eficiente e iluminado pregador.

Abôndio morreu em 2 abril de 469, no dia da Páscoa, e logo após ter feito o sermão. O culto a santo Abôndio se espalhou entre os fiéis, que em certas localidades passaram a homenageá-lo no dia 31 de agosto. Mas sua festa oficial ocorre no dia de sua morte.






Santa Maria do Egito (Egípcia)

Maria do Egito foi canonizada como penitente porque escolheu essa forma de expiar os pecados cometidos numa vida de vícios mundanos. Entregou-se muito jovem ao mundo dos prazeres, sem regra nem moral. 
Ela morreu em 431, mas temos sua confissão feita no deserto, um ano antes de morrer, ao monge Zózimo, também ele canonizado mais tarde. Nessa ocasião, ainda estava vagando penitente pelo deserto, era já uma senhora e contou ao monge sua história. Disse que fugiu de casa aos doze anos e se instalou em Alexandria, no Egito, vivendo de sua beleza e sedução, arrastando dezenas de almas ao torvelinho do vício. Vida que levou durante dezessete anos, até o dia de sua conversão, que ocorreu de forma muito significativa. 

Por diversão e curiosidade fútil, Maria decidiu acompanhar os romeiros que se dirigiam à Terra Santa para a "Festa da Santa Cruz". Ao chegar à porta da igreja, entretanto, não conseguiu entrar. A multidão passava por ela e ia para o interior do templo sem nenhum problema, mas ela não conseguia pisar no solo sagrado. Uma força invisível a mantinha do lado de fora e, por mais que tentasse, suas pernas não obedeciam a seu comando. 

Ela teve, então, um pensamento que lhe atingiu a mente como um raio. Uma voz lhe disse que seus pecados a tinham tornado indigna de comparecer diante de Deus, o que a fez chorar amargamente. Dali onde estava, podia ver uma imagem de Nossa Senhora. Maria rezou e pediu à Santíssima Mãe que intercedesse por ela. Prometeu viver na penitência do deserto o resto da vida, se Deus a perdoasse naquele momento. No mesmo instante, a força invisível sumiu e ela pôde, enfim, entrar. 

Após ter confessado e comungado, a ex-mundana tornou-se totalmente uma penitente religiosa, vivendo já havia quarenta e sete anos no deserto, rezando e se alimentando de sementes, ervas e água. Retirou-se do mundo completamente. Um dia antes de morrer, foi encontrada, pelo monge Zózimo, andando sobre as águas do rio Jordão. Ele inicialmente julgou tratar-se de uma miragem, pois estava cumprindo a penitência da Quaresma, como era seu costume. Mas foi tranqüilizado por essa idosa penitente, Maria, que, depois dessa confissão, lhe pediu a eucaristia. Voltou para o deserto, onde faleceu no dia seguinte. 

A morte de Maria só foi descoberta um ano depois, quando o monge, na mesma época, foi visitá-la novamente. Encontrou-a morta na solidão, mas seu corpo estava perfeitamente conservado. Apesar de parecer apenas uma tradição católica, no deserto do Egito foi encontrada uma sepultura contendo um corpo incorrupto de uma certa penitente de nome Maria, justamente no lugar indicado pelo santo monge, com anotações que correspondem a esse episódio. 

Santa Maria do Egito é celebrada pelos católicos orientais e ocidentais no dia 2 de abril, data que ela deixou anotada como sendo da sua morte, e que corresponde à data indicada também por são Zózimo.









São Francisco de Paula


Tiago era um simples lavrador que extraia do campo o sustento da família. Muito católico, tinha o costume de rezar enquanto trabalhava, fazia seguidos jejuns, penitências e praticava boas obras. Sua esposa chamava-se Viena e, como ele, era boa, virtuosa e o acompanhava nos preceitos religiosos. Demoraram a ter um filho, tanto que pediram a são Francisco de Assis pela intercessão da graça de terem uma criança, cuja vida seria entregue a serviço de Deus, se essa fosse sua vontade. E foi o que aconteceu: no dia 27 de março de 1416, nasceu um menino que recebeu o nome de Francisco, em homenagem ao Pobrezinho de Assis. 

Aos onze anos, Francisco foi viver no convento dos franciscanos de Paula, dois anos depois vestiu o hábito, mas teve de retornar para a família, pois estava com uma grave enfermidade nos olhos. Junto com seus pais, pediu para que são Francisco de Assis o ajudasse a ficar curado. Como agradecimento pela graça concedida, a família seguiu em peregrinação para o santuário de Assis, e depois a Roma. Nessa viagem, Francisco recebeu a intuição de tornar-se um eremita. Assim, aos treze anos foi dedicar-se à oração contemplativa e à penitência nas montanhas da região. 
Viveu por cinco anos alimentando-se de ervas silvestres e água, dormindo no chão, tendo como travesseiro uma pedra. Foi encontrado por um caçador, que teve seu ferimento curado ao toque das mãos de Francisco, que o acolheu ao vê-lo ferido. 

Depois disso, começou a receber vários discípulos desejosos de seguir seu exemplo de vida dedicada a Deus. Logo Francisco de Paula, como era chamado, estava à frente de uma grande comunidade religiosa. Fundou, primeiro, um mosteiro e com isso consolidou uma nova ordem religiosa, a que deu o nome de "Irmãos Mínimos". As Regras foram elaboradas por ele mesmo. Seu lema era: "Quaresma perpétua", o que significava a observância do rigor da penitência, do jejum e da oração contemplativa durante o ano todo, seguida da caridade aos mais necessitados e a todos que recorressem a eles. 

Milhares de homens decidiram abandonar a vida do mundo e foram para o mosteiro de Francisco de Paula, por isso teve de fundar muitos outros. A fama de seus dons de cura, prodígios e profecia chegou ao Vaticano, e o papa Paulo II resolveu mandar um comissário pessoalmente averiguar se as informações estavam corretas. E elas estavam, constatou-se que Francisco de Paula era portador de todos esses dons. Ele previu a tomada de Constantinopla pelos turcos, muitos anos antes que fosse sequer cogitada, assim como a queda de Otranto e sua reconquista pelos cristãos. 

Diz a tradição que os poderosos da época tinham receio de suas palavras proféticas, por isso, sempre que Francisco solicitava ajuda para suas obras de caridade, era prontamente atendido. Quando não o era, ele dizia que não deviam esquecer que Jesus dissera que depois da morte eles seriam inquiridos sobre o tipo de administração que fizeram aqui na terra, e só essa lembrança era o bastante para receber o que havia pedido para os pobres. 
Depois, o papa Sixto IV mandou que Francisco de Paula fosse à França, pois o rei, Luís XI, estava muito doente e desejava preparar-se para a morte ao lado do famoso monge. A conversão do rei foi extraordinária. Antes de morrer, restabeleceu a paz com a Inglaterra e com a Espanha e nomeou Francisco de Paula diretor espiritual do seu filho, o futuro Carlos VIII, rei da França. 

Francisco de Paula teve a felicidade de ver a Ordem dos Irmãos Mínimos aprovada pela Santa Sé em 1506. Ele morreu aos noventa e um anos de idade, no dia 2 de abril de 1507, na cidade francesa de Plessis-les-Tours, onde havia fundado outro mosteiro. A fama de sua santidade só fez aumentar, tanto que doze anos depois, em 1519, o papa Leão X autorizou o culto de são Francisco de Paula, cuja festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.

domingo, 1 de abril de 2012

DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR 
 ANO B
BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR.






PRIMEIRA LEITURA Is 50,4-7
LEITURA DO LIVRO DO PROFETA ISAÍAS
O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.

SALMO RESPONSORIAL – Sl 22(21)
Ref.: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes e ficais longe do meu grito e minha prece?

1. Riem de mim todos aqueles que me vêm, torcem os lábios e sacodem a cabeça: "Ao Senhor se confiou, ele o liberte e agora o salve, se é verdade que ele o ama!"

2. Cães numerosos me rodeiam furiosos, e por um bando de malvados fui cercado. Transpassaram minhas mãos e os meus pés e eu posso contar todos os meus ossos.

3. Eles repartem entre si as minhas vestes e sorteiam entre si a minha túnica. Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, ó minha força, vinde logo em meu socorro!

4. Anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da assembléia hei de louvar-vos! Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, e respeitai-o, toda a raça de Israel!

SEGUNDA LEITURA Fl 2,6-11
LEITURA DA CARTA DE SÃO PAULO APÓSTOLO AOS FILIPENSES
Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: "Jesus Cristo é o Senhor", para a glória de Deus Pai.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.

 EVANGELHO Mc 15, 1-39

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
1.Logo pela manhã se reuniram os sumos sacerdotes com os anciãos, os escribas e com todo o conselho. E tendo amarrado Jesus, levaram-no e entregaram-no a Pilatos. 2.Este lhe perguntou: És tu o rei dos judeus? Ele lhe respondeu: Sim. 3.Os sumos sacerdotes acusavam-no de muitas coisas. 4.Pilatos perguntou-lhe outra vez: Nada respondes? Vê de quantos delitos te acusam! 5.Mas Jesus nada mais respondeu, de modo que Pilatos ficou admirado. 6.Ora, costumava ele soltar-lhes em cada festa qualquer dos presos que pedissem. 7.Havia na prisão um, chamado Barrabás, que fora preso com seus cúmplices, o qual na sedição perpetrara um homicídio. 8.O povo que tinha subido começou a pedir-lhe aquilo que sempre lhes costumava conceder. 9.Pilatos respondeu-lhes: Quereis que vos solte o rei dos judeus? 10.(Porque sabia que os sumos sacerdotes o haviam entregue por inveja.) 11.Mas os pontífices instigaram o povo para que pedissem de preferência que lhes soltasse Barrabás. 12.Pilatos falou-lhes outra vez: E que quereis que eu faça daquele a quem chamais o rei dos judeus? 13.Eles tornaram a gritar: Crucifica-o! 14.Pilatos replicou: Mas que mal fez ele? Eles clamavam mais ainda: Crucifica-o! 15.Querendo Pilatos satisfazer o povo, soltou-lhes Barrabás e entregou Jesus, depois de açoitado, para que fosse crucificado. 16.Os soldados conduziram-no ao interior do pátio, isto é, ao pretório, onde convocaram toda a coorte. 17.Vestiram Jesus de púrpura, teceram uma coroa de espinhos e a colocaram na sua cabeça. 18.E começaram a saudá-lo: Salve, rei dos judeus! 19.Davam-lhe na cabeça com uma vara, cuspiam nele e punham-se de joelhos como para homenageá-lo. 20.Depois de terem escarnecido dele, tiraram-lhe a púrpura, deram-lhe de novo as vestes e conduziram-no fora para o crucificar. 21.Passava por ali certo homem de Cirene, chamado Simão, que vinha do campo, pai de Alexandre e de Rufo, e obrigaram-no a que lhe levasse a cruz. 22.Conduziram Jesus ao lugar chamado Gólgota, que quer dizer lugar do crânio. 23.Deram-lhe de beber vinho misturado com mirra, mas ele não o aceitou. 24.Depois de o terem crucificado, repartiram as suas vestes, tirando a sorte sobre elas, para ver o que tocaria a cada um. 25.Era a hora terceira quando o crucificaram. 26.A inscrição que motivava a sua condenação dizia: O rei dos judeus. 27.Crucificaram com ele dois bandidos: um à sua direita e outro à esquerda. 28.[Cumpriu-se assim a passagem da Escritura que diz: Ele foi contado entre os malfeitores (Is 53,12).] 29.Os que iam passando injuriavam-no e abanavam a cabeça, dizendo: Olá! Tu que destróis o templo e o reedificas em três dias, 30.salva-te a ti mesmo! Desce da cruz! 31.Desta maneira, escarneciam dele também os sumos sacerdotes e os escribas, dizendo uns para os outros: Salvou a outros e a si mesmo não pode salvar! 32.Que o Cristo, rei de Israel, desça agora da cruz, para que vejamos e creiamos! Também os que haviam sido crucificados com ele o insultavam. 33.Desde a hora sexta até a hora nona, houve trevas por toda a terra. 34.E à hora nona Jesus bradou em alta voz: Elói, Elói, lammá sabactáni?, que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? 35.Ouvindo isto, alguns dos circunstantes diziam: Ele chama por Elias! 36.Um deles correu e ensopou uma esponja em vinagre e, pondo-a na ponta de uma vara, deu-lho para beber, dizendo: Deixai, vejamos se Elias vem tirá-lo. 37.Jesus deu um grande brado e expirou. 38.O véu do templo rasgou-se então de alto a baixo em duas partes. 39.O centurião que estava diante de Jesus, ao ver que ele tinha expirado assim, disse: Este homem era realmente o Filho de Deus.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SEMANA DA FAMÍLIA

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