AMADOS IRMÃOS (AS) QUE NOSSO DIA SEJA ABENÇOADO
OSEMEADOR2004
A Parábola do Semeador
ORAÇÃO DE FÉ
ACORDAR COM FÉ
Irmãos e Irmãs vamos acordar missiónarios todos os dias de nossa vida.
ORAÇÃO DE FÉ:
Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.
Irmãos e Irmãs vamos acordar missiónarios todos os dias de nossa vida.
ORAÇÃO DE FÉ:
Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.
INVOQUEMOS O ESPÍRITO SANTO PARA FAZERMOS A LEITURA DO EVANGELHO:
Oração do Espírito Santo
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos
Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
Oração do Espírito Santo
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos
Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
sábado, 20 de julho de 2013
Festa da amizade
Amigo, companheiro fiel
em todos os momentos,
coração aberto e mão estendida
na hora da dor mais profunda,
e da alegria mais plena.
Seu fruto, a amizade, êxtase do amor,
bem-estar que perpassa a vida,
puro fluir da gratuidade de cada um.
Doação sem contrato de risco,
sem controle, submissão, cobrança.
Amizade é festa, maravilha e vida.
Pequena amostra
da pura gratuidade de Deus.
Amizade é mais que virtude,
é sacramento que imprime caráter,
marca indelével, para sempre.
Pronunciar lentamente
a palavra amigo,
escandindo as sílabas,
ao ritmo do coração.
Os olhos brilham
e a vida parece ter novo impulso.
Jamais desista de ser amigo.
Vale a pena qualquer esforço,
pois nada poderá se comparar
a uma verdadeira amizade.
Natália Maccari
Evangelho
(Mateus 12,14-21)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
12 14 Os fariseus saíram dali
e deliberaram sobre os meios de matar Jesus.
15 Jesus soube disso e afastou-se daquele lugar. Uma grande multidão o seguiu, e ele curou todos os seus doentes.
16 Proibia-lhes formalmente falar disso,
17 para que se cumprisse o anunciado pelo profeta Isaías:
18 "Eis o meu servo a quem escolhi, meu bem-amado em quem minha alma pôs toda sua a afeição. Farei repousar sobre ele o meu Espírito e ele anunciará a justiça aos pagãos.
19 Ele não disputará, não elevará sua voz; ninguém ouvirá sua voz nas praças públicas.
20 Não quebrará o caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda fumega, até que faça triunfar a justiça.
21 Em seu nome as nações pagãs porão sua esperança".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
15 Jesus soube disso e afastou-se daquele lugar. Uma grande multidão o seguiu, e ele curou todos os seus doentes.
16 Proibia-lhes formalmente falar disso,
17 para que se cumprisse o anunciado pelo profeta Isaías:
18 "Eis o meu servo a quem escolhi, meu bem-amado em quem minha alma pôs toda sua a afeição. Farei repousar sobre ele o meu Espírito e ele anunciará a justiça aos pagãos.
19 Ele não disputará, não elevará sua voz; ninguém ouvirá sua voz nas praças públicas.
20 Não quebrará o caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda fumega, até que faça triunfar a justiça.
21 Em seu nome as nações pagãs porão sua esperança".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
Santo Aurélio
Onde e quando nasceu Aurélio, não se tem registro. As informações sobre
ele aparecem a partir de 388, quando vivia em Cartago, era apenas um diácono e
amigo do futuro santo e doutor da Igreja, Agostinho. Em 391, este último era o
bispo da Hipona, atual Annaba, na Argélia, enquanto Aurélio tornava-se o bispo
de Cartago.
Ele foi considerado um dos principais líderes da Igreja na chamada
"província da África", que ocupava a faixa norte do continente,
exceto o Egito. Encontrou essa Igreja em ruínas, pois enfrentara um cisma no
início do século. A crise explodira no fim da perseguição romana aos cristãos,
quando o bispo da Numídia, Donato, se declarara uma força política e religiosa.
Dizia que viera para purificar a Igreja, separando-a do mundo profano e do
Império Romano. Os que ficaram ao seu lado foram chamados donatistas, hereges
que se opunham aos católicos.
Instaurava-se uma crise e um cisma que só viria terminar com a morte de Donato,
na deportação em 355. Os seus seguidores dividiram-se internamente. Nessa
situação, Aurélio e seu amigo encontraram uma Igreja devastada, fiéis com uma
apatia generalizada, pobre de fé assim como de obras. A doutrina fora
esquecida, os templos serviam também para festas e banquetes, com muitos monges
recusando-se a trabalhar.
Aurélio engajou-se, então, na reforma da Igreja e na revitalização dos costumes
morais, dos ritos e da doutrina católica. Diante do estado de ânimo daquela
gente, Aurélio mostrou-se um pai caridoso, preocupado e sábio. E foi durante o
Concílio de Hipona que Aurélio mostrou-se ainda mais cordial e acolhedor para
com os antigos bispos donatistas. A todos esses, desejosos de retornarem ao
seio da Igreja, junto com seus fiéis, Aurélio devolveu o sacerdócio, inclusive
aos fiéis batizados durante o cisma. Dessa forma, Aurélio conseguiu resolver
uma das mais grandes crises disciplinares que a Igreja enfrentou.
Bispo Aurélio morreu no ano de 430, na sua sede episcopal de Cartago, no mesmo
ano em que também morria seu amigo Agostinho. Contudo, para a Igreja da chamada
"província da África", apenas começava mais um novo, obscuro e
sangrento período, marcado pela invasão dos bárbaros vândalos.
Santa Margarida
Margarida nasceu no ano 275, na
Antioquia de Pisidia, uma florescente cidade da Ásia Menor. Órfã de mãe desde
pequena e filha de um sacerdote pagão e idólatra, Margarida tinha tudo para
jamais aproximar-se de Deus, se "algo" não acontecesse. E algo divino
aconteceu: o pai acabou confiando sua educação a uma ama extremamente católica
e a vida de Margarida enveredou por outro caminho. Caminho que a levaria à
santidade.
Cresceu inteligente e muito dedicada às coisas do espírito. Mas o pai começou a
perceber que ela não ia aos cultos ou mesmo ao templo para participar dos
sacrifícios aos deuses. Sem suspeitar que, à noite, ela participava de cultos
cristãos. Como não podia sequer imaginar tal fato, alguém tratou de abrir seus
olhos.
Foi aí que começou o suplício de Margarida. Ele exigiu que ela abandonasse o
cristianismo. Como ela se recusou, primeiro impôs-lhe um severo castigo,
mandando a jovem para o campo, trabalhar ao lado dos escravos. Depois, como nem
a força fazia a filha mudar de idéia, entregou-a ao prefeito local para que
fosse julgada pelo "crime de ser cristã".
O martírio da jovem Margarida foi tão terrível e de resultados tão fantásticos
que se tornou uma das paginas da tradição cristã mais transmitida através dos
séculos. Justamente por ter sido tão cruel, o povo apegou-se de tal forma ao
sofrimento da jovem que à sua narrativa acrescentaram-se fatos lendários. O
certo foi que primeiro ela foi levada à presença do juiz e prefeito e, diante
dele, negou-se a abandonar a fé cristã. Foram horas de pressão e tortura
psicológica que, por fim, viraram tortura física. Margarida foi açoitada,
depois teve o corpo colocado sobre uma trave e rasgado com ganchos de ferro.
Dizem que a população e até mesmo os carrascos protestaram contra a pena
decretada.
No dia seguinte, ela apareceu, sem o menor sinal de sofrimento, na frente do
governante, que. irado com o estranho fato, determinou que ela fosse assada
viva sobre chapas quentes. Novamente, a comoção tomou conta de todos, pois nem
assim a jovem morria ou demonstrava sofrer. Diz a tradição que Margarida teria
sido visitada no cárcere pelo satanás, em forma de um dragão que a engoliu. Mas
Margarida conseguiu sair do seu ventre, firmando contra ele o crucifixo que
trazia nas mãos. Ela foi, então, jogada nas águas de um rio gelado. Quando saiu
de lá viva, com as correntes arrebentadas e sem sinal das torturas aplicadas,
muita gente ajoelhou-se, converteu-se e até se ofereceu para morrer no lugar
dela. Mas o prefeito enfurecido mandou que a decapitassem.
Ela morreu no dia 20 de julho de 290, com a idade de quinze anos. O seu corpo
foi recolhido e levado para um lugar seguro, onde foi enterrado pelos cristãos
convertidos, passando a ser venerada em todo o Oriente. No século X, foi
trasladado para a Itália e desde então seu culto se difundiu também em todo o
Ocidente. De tal modo, que santa Margarida foi incluída entre os "quatorze
santos auxiliadores", aos quais o povo cristão recorre pela intercessão
nos momentos mais difíceis. Santa Margarida é solicitada para proteger as
grávidas nos partos complicados.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Poema do amigo aprendiz
Quero ser o teu amigo, a tua amiga.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te, sem medida,
e ficar na tua vida da maneira
mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade.
Sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar quando for hora de calar, e sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente nem presente por demais, simplesmente, calmamente, ser-te paz...
É bonito ser amigo, ser amiga.
Mas, confesso, é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças!
Dá-me tempo de acertar nossas distâncias!
Padre Zezinho, scj
Quero ser o teu amigo, a tua amiga.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te, sem medida,
e ficar na tua vida da maneira
mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade.
Sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar quando for hora de calar, e sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente nem presente por demais, simplesmente, calmamente, ser-te paz...
É bonito ser amigo, ser amiga.
Mas, confesso, é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças!
Dá-me tempo de acertar nossas distâncias!
Padre Zezinho, scj
EVANGELHO
(Mateus 12,1-8)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 12 1 Jesus atravessava
os campos de trigo num dia de sábado. Seus discípulos, tendo fome, começaram a
arrancar as espigas para comê-las. 2 Vendo isto, os fariseus disseram-lhe: "Eis que teus discípulos fazem o
que é proibido no dia de sábado". 3 Jesus respondeu-lhes: "Não lestes o que fez Davi num dia em que teve
fome, ele e seus companheiros, 4 como entrou na casa de Deus e comeu os pães da proposição? Ora, nem a ele nem
àqueles que o acompanhavam era permitido comer esses pães reservados só aos
sacerdotes. 5 Não lestes na lei que, nos dias de sábado, os sacerdotes transgridem no
templo o descanso do sábado e não se tornam culpados? 6 Ora, eu vos declaro que aqui está quem é maior que o templo.7 Se compreendêsseis o sentido destas palavras: 'Quero a misericórdia e não o
sacrifício' não condenaríeis os inocentes. 8 Porque o Filho do Homem é senhor também do sábado".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
São
Símaco
Neste
dia, celebramos um santo Papa que enfrentou um período da história em que a
Igreja sofria com pressões internas e externas.
Nasceu
na Ilha da Sardenha no século V. Pertenceu ao clero romano e foi eleito Papa em
498. No tempo de Símaco, a Igreja era duramente atingida por perseguições.
Muitas
famílias tradicionais de Roma, bem como o Senado, buscavam de todas as formas
influenciar a ação da Igreja, trazendo assim muitos prejuízos; isto perdurou
por um tempo até levantar-se Símaco. O santo Papa combateu e venceu estes
"invasores", recuperando assim a total liberdade da Igreja, na sua
organização e disciplina.
Com
a queda do império romano e a invasão dos vândalos, godos, visigodos e
longobardos, que começavam a dominar o Ocidente, São Símaco, na ousadia, entrou
nas intrigas sociais e políticas, para assim tomar partido da paz e da harmonia
e não de algum dos lados. Na função eficiente de pai comum, suscitou a inveja
do imperador do Oriente que começou a perseguir os cristãos; em resposta a esta
atitude corrigiu Símaco: "Lança um olhar, o Imperador, a tantos príncipes
que perseguiram a Igreja e vê como todos eles tiveram triste fim, ao passo que
a Igreja perseguida continua com tanto mais glória, quanto mais violenta lhe
foi a perseguição".
Símaco
era conciliador, homem de justiça e sinal de paz.
Em
514 ele partiu para a glória celeste e intercede por nós, para que nos tempos
de hoje, por amor a Cristo e à Igreja, sejamos promotores da paz.
São
Símaco, rogai por nós!
São Serafim de
Sarov
Prothor
Moshnim nasceu em 1759, na cidade de Kursk, na Rússia, onde seus pais eram
comerciantes. Aos dez anos, ficou muito doente. Nossa Senhora apareceu-lhe em
sonho prometendo que seria curado por ela. De fato, alguns dias depois ele se
recuperou, após tocar no quadro de Nossa Senhora durante uma procissão.
Desde menino, gostava de ler o Evangelho, ir à igreja e isolar-se para rezar.
Confirmou sua vocação na idade de dezoito anos, quando ingressou no Mosteiro de
Sarov. Lá, fez seus votos de abstinência, vigília e castidade. Costumava
isolar-se em uma choupana numa floresta próxima, dedicado às orações e
penitências. Mas durante três anos teve de ficar numa cama, após adoecer
gravemente. Novamente, a Virgem Maria apareceu-lhe, dessa vez acompanhada por alguns
santos, e curou-o após tocá-lo.
Aos vinte e sete anos, recebeu o hábito de monge e tomou o nome de Serafim, que
em hebraico significa ardente. Tinha o dom de ver os anjos, santos, Nossa
Senhora e Jesus Cristo também. Numa liturgia, viu o próprio Jesus entrando na
igreja junto com os anjos e santos e abençoando o povo que estava na igreja.
Serafim ficou tão atônito que por muito tempo perdeu a voz.
Sete anos depois, ele se isolou no interior da floresta, onde alcançou uma
grande perfeição espiritual. Mas foi atacado por ladrões e seriamente ferido.
Mesmo tendo uma constituição física muito forte, e na mão um machado, ele não
ofereceu nenhuma resistência. E como não tinha dinheiro foi espancado, quase
morrendo. Em seguida, os ladrões foram detidos e no julgamento o monge
intercedeu por eles. Desde então, Serafim ficou curvado para o resto da vida.
Depois desse episódio, iniciou um período de penitência. Ficou durante mil dias
e mil noites isolado na floresta. De dia ficava ajoelhado numa pedra com as mãos
erguidas para o céu e à noite desaparecia dentro da floresta. Após outra
aparição de Nossa Senhora, quase no final de sua vida, Serafim adquiriu o dom
da transfiguração do Espírito Santo e tornou-se um guia espiritual dentro do
mosteiro. Milhares e milhares de pessoas, de todas as classes sociais, foram
enriquecidas com os seus ensinamentos. Para todos, apresentava-se radiante,
humilde e caridoso. Dizia: "Alegria não é pecado. Ela afugenta o cansaço,
que pode se transformar em desânimo; e não há nada na vida pior do que o
desânimo".
Serafim morreu deixando claro o ensinamento que seguiu a vida toda: "É
preciso que o Espírito Santo entre no coração. Tudo aquilo que nós fazemos de
bom por causa de Cristo dá-nos a presença do Espírito Santo, mas a oração, que
está sempre ao nosso alcance, no-lo dá muito mais". A igreja do Mosteiro
de Sarov, na cidade de Krusk, abriga os seus restos mortais.
Santo Arsênio
Arsênio,
que pertencia a uma nobre e tradicional família de senadores, nasceu no ano
354, em Roma. Segundo os registros, ele foi ordenado sacerdote, pessoalmente,
pelo papa Dâmaso. Em 383, o próprio imperador Teodósio convidou-o para cuidar
da educação e formação de seus filhos Arcádio e Honório, em Constantinopla.
Arsênio permaneceu na Corte por onze anos, até 394. Enfim, conseguiu a
exoneração do cargo e retirou-se para o deserto no Egito.
O mundo católico passava por muitas transformações. Nos séculos anteriores, o
martírio, a morte pela fé na palavra de Cristo, era o melhor exemplo para a salvação
da alma. A partir do século IV, a "morte em vida" passou a ser o
sacrifício mais perfeito para a purificação, com o aparecimento dos eremitas no
Oriente. Eram cristãos e isolavam-se no deserto, em oração e penitência, numa
vida solitária e contemplativa, como forma de servir a Deus.
No início, sozinhos, depois se organizavam em pequenas comunidades. Havia
apenas uma regra ascética, para fixar o período de jejum e oração, mas que
mantinha uma rígida separação, inclusive de convivência entre eles mesmos.
Arsênio tornou-se um deles. O seu refúgio, no deserto egípcio da Alexandria,
era dos mais procurados pelos cristãos, que buscavam, na sabedoria e santidade
de alguns ermitãos, conselhos e paz para as aflições da alma, mesmo que para
tanto tivessem de fazer longas e cansativas peregrinações.
A antiga tradição diz que ele não gostava muito de interromper seu exílio
voluntário para atender aos que o procuravam. Mas, para não usufruir o egoísmo
da solidão total, decidiu juntar-se aos eremitas de Scete, também no deserto da
Alexandria, os quais já viviam parcialmente em comunidade, para não se isolarem
totalmente dos demais seres humanos.
Mas a paz e a tranqüilidade daqueles religiosos findaram com a invasão de uma
tribo das redondezas. Arsênio, então, abandonou o local. Entre 434 e 450, viveu
isolado, só nos últimos anos aceitando a companhia de uns poucos discípulos.
Ele acabou recebendo de Deus o dom das lágrimas. Em oração ou penitência,
quando se emocionava com o Evangelho, caia em prantos. Morreu em Troc, perto de
Mênfis, em 450.
A importância de santo Arsênio na história da Igreja prende-se à importância da
época em que nasceu e viveu. Foi um dos mais conhecidos eremitas do Egito,
sendo considerado um dos "Padres do deserto". O seu legado chegou-nos
por meio de uma crônica biográfica e de suas sábias máximas, escritas por
Daniel de Pharan, um dos seus discípulos. Além de um retrato estampando sua
bela figura de homem alto e astuto, feito pelo mesmo discípulo.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
EVANGELHO
(Mateus 11,28-30)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, tomou Jesus a
palavra e disse: 11 28 "Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o
fardo, e eu vos aliviarei. 29 Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e
humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. 30 Porque meu jugo é suave e meu peso é leve."
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
São Francisco Solano
Nasceu na Espanha no ano de 1549. Sua formação passou pelo colégio
jesuíta, ingressando mais tarde na Ordem Franciscana. Prestou ali muitos serviços,
mas seu grande desejo era a evangelização para muitos. Foi quando deixou a
Europa e foi para a América Latina. Chegou em Lima (Peru), evangelizando também pela Argentina, Chile,
Paraguai, Andes etc. Tudo isso em busca de evangelizar a muitos.Francisco Solano consumiu-se na evangelização. Por obediência voltou a
Lima para ser, dentro da Ordem, um formador de novos evangelizadores.
Solano faleceu com 61 anos pronunciando palavras de louvor ao Senhor:
"Deus seja bendito!" Quem se consome pelas almas, tem a certeza de que Deus foi glorificado.
São Francisco Solano, rogai por nós!
Santo Arnolfo
Arnolfo nasceu em Metz, na antiga Gália, agora França, no ano 582. A sua
família era muito importante, cristã, e fazia parte da nobreza. Ele estudou e
se casou com uma aristocrata, com a qual teve dois filhos. A região da Gália
era dominada pelos francos e era dividida em diversos reinos que guerreavam
entre si. Isso provocava grandes massacres familiares e corrupção.
Um desses reinos era o da Austrásia, do rei Teodeberto II, para o qual Arnolfo
passou a trabalhar. Mas quando o rei morreu, todos os seus descendentes e
familiares foram assassinados a mando do rei dos francos, Clotário II, que
incorporou a região aos seus domínios.
Era nesse clima que vivia Arnolfo, um homem de fé inabalável, correto e justo.
O rei Clotário II, agora soberano de um extenso território, conhecendo a fama
da conduta cristã de Arnolfo, tornou-o seu conselheiro. Confiou-lhe, também, a
educação de seu filho Dagoberto, que se formou dentro dos costumes da piedade e
do amor cristão. Tal preparo fez de Dagoberto um dos reis católicos mais justos
da história, não tendo cometido nenhuma atrocidade durante o seu governo.
Além disso, o rei Clotário II nomeou Arnolfo bispo de Metz, que acumulou todas
as atribuições da Corte. Uma bela passagem ilustra bem o caráter desse homem,
que mesmo leigo se tornou um dos grandes bispos do seu tempo. Temendo não ser
digno do cargo, por causa dos seus pecados, atirou seu anel no rio Mosela,
dizendo: "Senhor, se me perdoas, faze-o retornar". O anel retornou
dentro do ventre de um peixe. Essa tradição cristã ilustra bem a realidade de
sua época, onde era difícil não pecar, especialmente para quem estava no poder.
Naquele tempo, as questões dos leigos e do celibato não tinham uma disciplina
rigorosa e uniforme dentro da Igreja, que ainda seguia evangelizando a Europa.
Arnolfo não foi o primeiro pai de família a ocupar tal posto nessa condição.
Como chefe daquela diocese, Arnolfo participou dos concílios nacionais de
Clichy e de Reims. Mais tarde, seu filho Clodolfo tornou-se bispo e assumiu a
diocese de Metz, enquanto o outro, chamado Ansegiso, tornou-se um dos primeiros
"mestres de palácio" da chamada era carolíngia.
Depois de algum tempo, Arnolfo abandonou o bispado e o cargo na Corte para
ingressar no mosteiro fundado por seu amigo Romarico, outro que havia
abandonado a Corte e o rei. Assim, de maneira serena, Arnolfo viveu o resto de
seus dias, dedicando-se às orações, à penitência e à caridade.
Arnolfo morreu no dia 18 de julho de 641, naquele mosteiro. Assim que a notícia
chegou em Metz, os habitantes reclamaram-lhe o corpo, depositando-o na basílica
que adotou, para sempre, o seu nome.
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Evangelho (Mateus 11,25-27)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
11 25 Por aquele tempo, Jesus pronunciou estas palavras:
"Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas
coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos. 26 Sim, Pai, eu te bendigo, porque assim foi do teu agrado. 27 Todas as coisas me foram dadas por meu Pai; ninguém conhece o Filho, senão o
Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser
revelá-lo".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
Santa Maria Madalena Postel
No dia 28 de novembro de 1758, nasceu a filha primogênita do casal
Postel, camponeses de uma rica fazenda em Barfleur, na Normandia, França. A
criança foi batizada com o nome de Júlia Francisca Catarina, tendo como
padrinho aquele rico proprietário.
Júlia Postel teve os estudos patrocinados pelo padrinho, que, como seus pais,
queria que seguisse a vida religiosa. Ela foi aluna interna do colégio da
Abadia Real das Irmãs Beneditinas, em Volognes, onde se formou professora. No
início, não pensou na vida religiosa, sua preocupação era com a grande
quantidade de jovens que, devido à pobreza, estavam condenadas à ignorância e à
inferioridade social.
De volta à sua aldeia natal, Júlia Postel, com determinação e dificuldade,
criou uma escola onde lecionava e catequizava crianças, jovens e adultos
abandonados à ignorância, até do próprio clero da época, que desconhecia a
palavra "pastoral". Era solicitada sempre pelos mais infelizes:
pobres, órfãos, enfermos, idosos, viúvas, que a viam como uma mãe zelosa,
protetora, que não os abandonava, sempre cheia de fé em Cristo. Aos ricos pedia
ajuda financeira e, quando não tinha o suficiente, ia pedir esmolas, pois a
escola e as obras não podiam parar.
A Revolução Francesa chegou arrasadora, em 1789, declarando guerra e ódio ao
trono e à Igreja, dispersando o clero e reduzindo tudo a ruínas. Júlia Postel
fechou a escola, mas, a pedido do bispo, escondeu em sua casa os livros
sagrados e o Santíssimo Sacramento e foi autorizada a ministrar a comunhão nos
casos urgentes. Organizou missas clandestinas e instruiu grupos de catequistas
para depois da Revolução. Sua vocação religiosa estava clara.
A paz com a Igreja foi restabelecida em 1802. Juntamente com duas colegas e a
ajuda do padre Cabart, Júlia Postel fundou a Congregação das Filhas da
Misericórdia, em Cherbourg. Ao proferir seus votos, escolheu o nome de Maria
Madalena. A princípio, a formação das religiosas ficou voltada para o ensino
escolar e foi baseada nos mesmos princípios dos irmãos das escolas cristãs, já
que na época era grande essa necessidade. Essas religiosas, aos poucos, foram
se espalhando por todo o território francês. Depois, a pedido de Roma, a
formação foi mudada, passando a servir como enfermeiras.
Em 1832, madre Maria Madalena, junto com suas irmãs, estabeleceu-se nas ruínas
da antiga Abadia Beneditina de Saint-Sauveur-le-Vicomte. Foi reconstruída com
dificuldade e tornou-se a Casa-mãe da congregação. Madre Maria Madalena Postel
morreu com noventa anos de idade, em 16 de julho de 1846. A fama de sua santidade
logo se espalhou pelo mundo cristão.
Foi beatificada em 1908, e depois canonizada pelo papa Pio XI, em 1925. Está
sepultada em Saint-Sauveur-le-Vicomte. A sua festa acontece no dia 17 de julho
e a sua obra, hoje, chama-se Congregação das Irmãs de Santa Maria Madalena
Postel.
Santa Generosa
No século II da era cristã, Scili era uma pequena província romana do
norte da África, não muito distante da capital Cartago, onde residia Saturnino,
o procônsul designado pelo imperador Cômodo.
Cômodo governou o Império Romano por doze anos. Era um tirano cruel e vaidoso.
Para divertir-se, usava roupas de gladiador e matava seus opositores desarmados
no Anfiteatro Flávio, atualmente conhecido como Coliseu. Durante o seu reinado,
determinou que os cristãos voltassem a ser sacrificados.
A Cartago romana deveu seu resplendor principalmente ao cristianismo, bem
depressa aceito por seus habitantes. Consta que foi o apóstolo são Marcos que a
evangelizou. Logo foi elevada à condição de diocese e tornou-se a pátria de
grandes santos, como Cipriano, Agostinho e muitos outros. Mas também foi o
local onde inúmeros cristãos morreram martirizados, após serem julgados e
condenados pelo procônsul Saturnino, que obedecia às ordens de Roma.
Nessa ocasião, na pequena vila de Scili, doze fiéis professavam, tranqüilos, o
cristianismo. Eram todos muito humildes e foram denunciados pelo
"crime" de serem cristãos. Então, foram simplesmente presos e levados
pelos oficiais do procônsul a Cartago, para serem julgados.
Naquela cidade, no dia 17 de julho, na sala de audiências, Saturnino começou
dizendo aos acusados que a religião dele mandava que os súditos jurassem pela
"divindade" do imperador e que, se eles fizessem tal juramento, o
soberano os "perdoaria". Assim, foram todos interrogados, entre os
quais Generosa. Eles confessaram a fé em Cristo e disseram que nenhum tipo de
morte faria com que desistissem dela.
Outra vez Saturnino ordenou que renegassem a fé cristã, que adorassem o
imperador. Então Esperato, em nome de seus companheiros, respondeu que não
reconheciam a divindade do imperador e que serviriam unicamente a Deus, que era
o Rei dos reis e o Senhor de todos os povos. Não temiam a ninguém, a não ser ao
Senhor Deus, que está nos céus. E que desejavam continuar fiéis a ele e
perseverar na fé: sim, eram cristãos.
Diante de tão clara e direta confissão, o procônsul sentenciou: "Ordeno
que sejam lançados no cárcere, pregados em cepos e decapitados: Generosa,
Vestina, Donata, Januária, Segunda, Esperato, Narzal, Citino, Vetúrio, Félix,
Acelino e Letâncio, que se declaram cristãos e se recusam a tributar honra e
reverência ao imperador".
Assim está descrito o martírio de santa Generosa e seus companheiros no
catálogo oficial dos santos, também chamado Martirológio Romano. A veneração
litúrgica de santa Generosa é celebrada no dia de seu trânsito para a vida
eterna.
Bartolomeu de Las Casas
Bartolomeu de Las Casas nasceu em Sevilha, na Espanha, no ano de 1474.
Seu pai era um mercador da esquadra de Colombo, na segunda viagem ao novo
continente. Estudou na Universidade de Salamanca, onde se graduou em direito.
Foi para a América como conselheiro legal do governador, chegando, em 15 de
abril de 1502, na ilha Espanhola.
Como a maioria, Bartolomeu estava motivado pelo espírito aventureiro e
explorador de riquezas, logo se adaptando ao estilo de vida influente dos
colonizadores. No início, aceitou o ponto de vista convencional quanto à
exploração da população indígena. Ele também participou dos ataques contra as tribos,
e os escravizava em suas plantações.
Depois viajou para Roma, onde terminou os estudos e ordenou-se sacerdote em
1507. A rainha Isabel, chamada "a católica", da Espanha, considerava
a evangelização dos índios a justificativa mais importante para a expansão
colonial. Insistia para que os sacerdotes e frades estivessem entre os
primeiros a fixarem-se na América. Em 1510, Bartolomeu de Las Casas retornou à
ilha Espanhola, agora como missionário, para combater o tratamento cruel e
desumano dado aos índios pelos colonizadores.
Para defender os índios no novo continente, Bartolomeu viajou várias vezes à
Espanha, apelando aos oficiais do governo e a todos que o quisessem ouvir.
Desde que ingressou na vida religiosa dominicana, ele se dedicou à causa indígena
em defesa da vida, da liberdade e da dignidade. Lutou, também, para que
tivessem direitos políticos, de povos livres e capazes de realizar uma nova
sociedade, mais próxima do Evangelho.
A prioridade, para Bartolomeu, era a evangelização. Com tal propósito, viajou
pela América Central fazendo um trabalho pioneiro, registrando tudo em seus
diários. Foi perseguido pelos colonizadores espanhóis de São Domingos, Peru,
Nicarágua, Guatemala e do México. Neste último país, foi nomeado bispo aos
setenta anos de idade, em 1544. Mas ficou apenas três anos em Chiapas, sempre
perseguido pelos espanhóis.
Em 1547, partiu da América para não mais voltar. Regressou à Espanha,
continuando lá a defesa dos índios, quando corrigiu e publicou seus escritos,
todos se contrapondo à política colonial. Porém suas idéias foram contestadas
na América e também na Espanha. Tanto que, em 1552, suas obras foram censuradas
e proibidas para leitura.
Morreu aos noventa e dois anos de idade no Convento Dominicano de Atocha, no
dia 17 de julho de 1566, em Madri, Espanha. Muito querido do povo mexicano, seu
nome, hoje, é lembrado como um dos maiores humanistas e missionários da
história do cristianismo.
Santo Aleixo
Aleixo, filho único do senador Eufemiano, italiano, nasceu em Roma, no
ano de 350. Herdeiro de uma considerável fortuna, cresceu dentro da religião
cristã. Desde a infância, ficou famoso por sua natural caridade, possuindo
todas as graças e virtudes. Os pais, como era costume na época, cuidaram do seu
enlace com uma jovem de excelente família cristã e ele acabou se casando.
Porém, na noite de núpcias, sem consumar a união, e após conversar com a
esposa, abandonou tudo para aproximar-se de Deus. Como peregrino, vagou de
cidade em cidade até chegar em Edessa, na Síria, onde ficou por algum tempo.
Vivia como um piedoso mendigo ao lado da basílica do Apóstolo Tomé, repartindo
com os pobres as esmolas que recebia. Diversos prodígios aconteciam com a sua
presença, por isso passou a ser chamado de "o homem de Deus" e venerado
por sua santidade. Mas teve de abandonar a cidade, porque desejava continuar no
anonimato.
Retornou para a vida de peregrino. Sofreu tanto que ficou transfigurado. Quando
em Roma, foi para a casa do pai e disse: "Tende compaixão deste pobre de
Jesus Cristo e permita-me ficar em algum canto do palácio". Não tendo
reconhecido o próprio filho, ele o acolheu e mandou que o levasse para cuidar
da cocheira dos animais. Viveu assim durante dezessete anos, na cocheira do seu
próprio palácio, sendo maltratado pelos seus próprios criados e sem ser
identificado pelos pais.
Morreu em 17 de julho e foi enterrado num cemitério comum para criados. Porém,
antes de morrer, entregou um pergaminho ao criado que o socorreu, na qual
revelava sua identidade. Os pais, quando souberam, levaram o caso ao
conhecimento do bispo, que autorizou sua exumação. Aleixo foi levado, então,
para um túmulo construído na propriedade do senador. A fama de sua história e
de "homem de Deus" espalhou-se entre os cristãos romanos e orientais,
difundindo rapidamente o seu culto.
Segundo uma antiga tradição romana, a casa do senador ficava no monte Aventino.
Em 1217, durante a construção da igreja dedicada a são Bonifácio, neste local
as relíquias de santo Aleixo foram encontradas. Por tal motivo o papa Honório
III decidiu que ela seria dedicada a santo Aleixo. Outro grande devoto deste
santo foi o bispo Sérgio de Damasco, que viveu em Roma no final do século X.
Ele acabou fundando o Mosteiro de Santo Aleixo, destinado aos monges gregos.
No século XV, os Irmãos de Santo Aleixo elegeram-no como patrono. Em 1817, a
Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria nomeou-o seu segundo
patrono, como exemplo de paciência, humildade e de caridade a ser seguido. A
Igreja manteve o dia de sua festa no dia 17 de julho, como sempre foi celebrada
pela antiga tradição cristã.
terça-feira, 16 de julho de 2013
AMADOS IRMÃOS (AS) QUE NOSSA SENHORA DO CARMO NOS DE UM DIA ABENÇOADO
Oração
Venha em nossa ajuda, Senhor,
a poderosa intercessão da bem-aventurada Virgem
Maria, para que, protegidos pelo seu auxílio, cheguemos ao verdadeiro monte da salvação, Jesus Cristo Nosso
Senhor. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
EVANGELHO
(Mateus 12,46-50)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
12 46 Jesus falava ainda à
multidão, quando veio sua mãe e seus irmãos e esperavam do lado de fora a
ocasião de lhe falar. 47 Disse-lhe alguém: "Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem
falar-te". 48 Jesus respondeu-lhe: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" 49 E, apontando com a mão para os seus discípulos, acrescentou: "Eis aqui
minha mãe e meus irmãos. 50 Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu
irmão, minha irmã e minha mãe".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
Nossa Senhora do Carmo
A festa de Nossa Senhora do Carmo
é relacionada à Ordem Carmelitana, cuja origem é bem antiga. Na Ordem
Carmelitana tem-se a tradição, segundo a qual o profeta Elias, vendo aquela
nuvenzinha, que se levantava no mar, bem como a pegada de homem, teria nela
reconhecido no símbolo, a figura da futura Mãe do Salvador. Os discípulos de
Elias, recordando aquela visão do mestre, teriam fundado uma Congregação, com
sede no Monte Carmelita, com o fim declarado de prestar homenagens à Mãe do
Mestre. Essa Congregação ter-se-ia conservado até os dias de Jesus Cristo e
existido com o Título Servas de Maria.
Manifestação de Maria a São Simão Stock
Historicamente documentadas são as seguintes datas da Ordem de Nossa Senhora do
Carmelo. Foi no século XII que o calabrez Bertoldo, com alguns companheiros, se
estabeleceu no Monte Carmelo. Não se sabe se encontraram lá a Congregação dos
Servos de Maria ou se fundaram uma deste nome; certo é que receberam em 1209
uma regra rigorosíssima, aprovada pelo Patriarca de Jerusalém - Alberto. Pelas
cruzadas esta Congregação tornou-se conhecida também na Europa. Dois nobres
fidalgos da Inglaterra convidaram alguns religiosos do Carmelo, para
acompanhá-los e fundar conventos na Inglaterra, o que fizeram.
Pela mesma época vivia no condado de Kent um eremita que, há vinte anos, vivia
em solidão, tendo por residência o tronco oco de uma árvore. O nome desse
eremita era Simão Stock. Atraído pela vida mortificada dos carmelitas
recém-chegados, como também pela devoção Mariana que aquela Ordem cultivava,
pediu admissão como noviço na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Em 1225, Simão
Stock foi eleito coadjutor Geral da Ordem, já então bastante conhecida e
espalhada.
O papa Honório III aprovou a regra da Ordem. Simão Stock visitou os Irmãos da ordem
no Monte Carmelo, e demorou-se com eles seis anos.
Um capítulo geral da Ordem, realizado em 1237, determinou a transferência para
a Europa de quase todos os religiosos, os quais, para se verem livres das
vexações dos Sarracenos, procuraram a Inglaterra, onde a Ordem possuía já 40
conventos.
No ano de 1245, foi Simão Stock eleito Superior Geral da Ordem e a regra teve
aprovação do Papa Inocêncio IV.
A Ordem de Nossa Senhora do Carmo, colocada sob a proteção da Santa Sé, começou
a ter, então, uma aceitação extraordinária no mundo católico. Para isto
concorreu poderosamente a Irmandade do Escapulário, que deve a fundação a Simão
Stock.
Em 16 de julho de 1251, estando em oração fervorosa, Nossa Senhora lhe
apareceu. Veio trazer-lhe um escapulário. "Meu dileto filho - disse-lhe a
Rainha do céu - eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem.
Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os
membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará
livre do fogo do inferno".
Simão Stock tratou então de divulgar a irmandade do escapulário e convidar o
mundo católico a participar dos grandes privilégios anexos. Entre os devotos do
escapulário de Nossa Senhora do Carmo, vêem-se Papas, Cardeais e Bispos. O Escapulário
teve uma aceitação favorável e universal entre o povo católico. Neste sentido,
só é comparável ao Rosário.
Oração a Nossa Senhora do Carmo
Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que
olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário, olhai
para mim benignamente e cobri-me com o manto da vossa maternal proteção.
Fortificai minha fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito
com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Ornai
minha alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino
Filho. Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa
amável presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo
dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a
eternidade.
Amém!
Bartolomeu Fernandes dos Mártires
Bartolomeu nasceu em Lisboa, em maio de 1514. Era filho de Domingos
Fernandes e de Maria Correia, ambos de famílias tradicionais, abastadas e
nobres. O filho foi batizado com o nome do santo apóstolo na igreja de Nossa
Senhora dos Mártires e, por serem seus devotos, incluíram também o "dos
Mártires" para homenagear Maria.
Foi educado na Corte portuguesa com muito requinte, recebeu sólida formação
humanística e cristã. Cedo decidiu pela vida religiosa, ingressando na Ordem
dos Dominicanos em 1528. Fez o noviciado no mosteiro de Lisboa, onde se
diplomou em filosofia e teologia. Desde sua graduação, em 1538, foi professor
nos vários conventos da capital da Corte, função que exerceu durante vinte
anos.
Foi apresentado pela rainha Catarina para suceder o arcebispo de Braga e o papa
Paulo IV confirma-o, em 1559. Bartolomeu aceitou essa dignidade por obediência
ao seu prior provincial, o qual o teria indicado antes à rainha, de quem era
conselheiro e confessor.
Iniciou a sua atividade na vastíssima arquidiocese empreendendo uma atividade
apostólica de ação multifacetada e de cunho reformador. Realizou incontáveis
visitas pastorais; empenhou-se na evangelização do povo, para isso publicando o
"Catecismo ou doutrina cristã e práticas espirituais", que continua
sendo editado. Atento e solicito à cultura e santificação do clero, instituiu
aulas de teologia moral em vários locais da diocese e escreveu cerca de trinta
obras doutrinais, cujas publicações atingiram o terceiro milênio. Uma que
mereceu particular importância foi o "Stimulus pastorum", distribuída
aos padres dos Concílios Vaticano I e II, e que foi editada mais de vinte
vezes.
Esse empenho reformador o bispo Bartolomeu dos Mártires imprimiu, também, em
espaços estruturais e durante toda a sua vida. Em 1560, confiou aos padres
jesuítas o ensino público a cargo da arquidiocese de Braga, o que originou o
excelente Colégio de São Paulo.
No ano seguinte, construiu o Convento da Santa Cruz na cidade de Viana do
Castelo.
Participou no Concílio de Trento, de 1561 a 1563, onde apresentou mais de
duzentas e sessenta petições como síntese das interpelações de reforma para a
Igreja. Solidificou ainda mais a marca do grande reformador que era, quando, no
ano seguinte, efetuou, em Braga, um sínodo diocesano, e, depois de dois anos,
um outro, provincial.
Foi ele também que, entre 1571 e1572, idealizou e iniciou a construção do
Seminário Conciliar no Campo da Vinha. Nesse ano, decidiu renunciar ao
arcebispado de Braga. Foi para o Convento da Santa Cruz, onde se manteve
recolhido, dedicando-se aos estudos eclesiásticos e à pregação até morrer, em
16 de julho de 1590. Reconhecido e aclamado pelo povo por sua santidade como
pai dos pobres e dos enfermos, seu túmulo encontra-se na antiga igreja
dominicana em Viana do Castelo, Portugal.
O papa João Paulo II proclamou-o, em 2001, bem-aventurado Bartolomeu Fernandes
dos Mártires, no dia litúrgico de são Carlos Borromeu, com quem o
bem-aventurado trabalhou, arduamente, na concretização dos objetivos do
Concilio de Trento.
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