São Cesário de Arles
Os santos, como ninguém, entenderam que a Graça do
Cristo que quer santificar a todos, é sempre a mesma, na eficiência, abundância
e liberalidade. Cesário de Arles foi um destes homens que se abriu ao querer de
Deus, e por isso como Bispo tornou-se uma personalidade marcante do seu tempo.
Cesário nasceu na França em 470, e ao deixar sua
casa entrou para o mosteiro de Lérins, onde se destacou pela inteligência, bom
humor, docilidade e rígida penitência, que mais tarde acabou exigindo
imperfeitamente dos monges sob sua administração. Diante dos excessos de
penitências, Cesário precisou ir se tratar na cidade de Arles – Sul da França-
local do aprofundamento dos seus estudos e mais tarde da eleição episcopal.
São Cesário de Arles, até entrar no Céu com 73 anos
de idade, ocupou-se até o fim com a salvação das almas e isto fazia,
concretamente, pela força da Palavra anunciada e escrita, tornando-se assim o grande
orador popular do Ocidente latino e glória para a vida monástica. Já que
escreveu duas Regras monásticas. Em tudo buscava comunicar a ortodoxia da Fé e
aquilo que lutava para viver com o Espírito Santo e irmãos, por isto no campo
da moral cristã, Cesário de Arles salientava o cultivo da justiça, prática da
misericórdia e o cuidado da castidade.
São Cesário de Arles, rogai por nós!
São Félix e Santo
Adauto
Poucos são os registros encontrados sobre Félix e
Adauto, que são celebrados juntos no dia de hoje. As tradições mais antigas dos
primeiros tempos do cristianismo narram-nos que eles foram perseguidos, martirizados
e mortos pelo imperador Diocleciano no ano 303.
A mais conhecida diz que Félix era um padre e tinha
sido condenado à morte por aquele imperador. Mas quando caminhava para a
execução, foi interpelado por um desconhecido. Afrontando os soldados do
exército imperial, o estranho declarou-se, espontaneamente, cristão e pediu
para ser sacrificado junto com ele. Os soldados não questionaram. Logo após
decapitarem Félix, com a mesma espada decapitaram o homem que tinha tido a
ousadia de desafiar o decreto do imperador Diocleciano.
Nenhum dos presentes sabia dizer a identidade
daquele homem. Por isso ele foi chamado somente de Adauto, que significa:
adjunto, isto é "aquele que recebeu junto com Félix a coroa do
martírio".
Ainda segundo as narrativas, eles foram sepultados
numa cripta do cemitério de Comodila, próxima da basílica de São Paulo Fora dos
Muros. O papa Sirício transformou o lugar onde eles foram enterrados numa
basílica, que se tornou lugar de grande peregrinação de devotos até depois da
Idade Média, quando o culto dedicado a eles foi declinando.
O cemitério de Comodila e o túmulo de Félix e
Adauto foram encontrados no ano de 1720, mas vieram a ruir logo em seguida,
sendo novamente esquecidos e suas ruínas, abandonadas. Só em 1903 a pequena
basílica foi definitivamente restaurada.
Esses martírios permaneceram vivos na memória da
Igreja Católica, que dedicou o mesmo dia a são Félix e santo Adauto para as
comemorações litúrgicas. Algumas fontes, mesmo, dizem que os dois santos eram irmãos
de sangue.
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