São Pantaleão
O santo de hoje viveu no séc. III e IV da era
cristã, durante um período de intensa perseguição aos cristãos que não podiam
professar a própria fé, pois o que predominava naquela época era o culto aos
deuses pagãos.
Pantaleão era filho de Eustóquio, gentio e de
Êubola, cristã. Sua mãe encaminhou-o na fé cristã. Após o falecimento de sua
mãe, Pantaleão foi aplicado pelo pai aos estudos de retórica, filosofia e
medicina.
Durante a perseguição, travou amizade com um
sacerdote, exemplo de virtude, Hermolau, que o persuadiu de Nosso Senhor Jesus
Cristo ser o autor da vida e o senhor da verdadeira saúde.
Um dia que se viu diante de uma criança morta por
uma víbora, disse para consigo: "Agora verei se é verdade o que Hermolau
me diz". E, segundo isto, diz ao menino: "Em nome de Jesus Cristo,
levanta-te; e tu, animal peçonhento, sofre o mal que fizeste". Levantou-se
a criança e a víbora ficou morta; em vista disso, Pantaleão converteu-se e
recebeu logo o santo batismo.
Acabou sendo convocado pelo imperador Maximiano como
seu médico pessoal. As milagrosas curas que em nome de Jesus Cristo realizava,
suscitaram a inveja de outros médicos, que o acusaram de cristão perante o
imperador que, por sua vez, o mandou ser amarrado a uma árvore e degolado.
Desta forma, assumindo a coroa do martírio, São
Pantaleão passou desta vida para a vida eterna.
São Pantaleão, rogai por nós!
São Clemente de Ochrida
Clemente é chamado "de Ochrida" pela sua
forte ligação com aquela cidade. Mas é também conhecido como "o
búlgaro", e todos os títulos são apropriados, porque durante sua vida
religiosa conviveu muito tempo com esse povo, deixando marcas profundas de sua
presença na Bulgária. A sua origem, seu nascimento e juventude são
desconhecidos.
No século IX, o príncipe da Morávia solicitou ao imperador de Constantinopla que lhe enviasse evangelizadores de origem germânica. Tinha a intenção de ampliar a catequização da população, mas não queria os missionários "latinos", que eram diferentes dos "germânicos" nos rituais litúrgicos. Isso era possível porque a Igreja ainda não tinha um padrão para todos os rituais católicos.
Seguiram para lá os irmãos Cirilo e Metódio, ambos germânicos, no futuro conhecidos como os "apóstolos do Oriente". Os dois irmãos levaram alguns colaboradores, um deles era Clemente. Como era muito culto e aplicado, tornou-se o colaborador direto de Metódio na adaptação da liturgia do Oriente para as populações daquela região.
Clemente fez inúmeras viagens com os dois apóstolos por todo o leste europeu, sendo um discípulo fiel na pregação do cristianismo. A evangelização do leste europeu era marcada pela rivalidade gerada com divisão entre evangelizadores "latinos" e "germânicos". Tanto assim que o próprio Clemente precisou afastar-se de uma cidade, porque um bispo não aceitava os "ritos germânicos".
Por isto, Clemente decidiu seguir para a Bulgária, onde, além de refúgio, encontrou um novo campo de ação. Lá, trabalhou na simplificação do novo alfabeto para facilitar os estudos. Também converteu à fé cristã o próprio rei, que deixou o trono e retirou-se para um mosteiro. Os outros dois reis sucessores encorajaram a obra missionária e Clemente foi nomeado "primeiro bispo de língua búlgara" para comandar a principal diocese.
Porém Clemente tinha sempre o pensamento voltado para a querida cidade de Ochrida, onde havia construído uma escola, que também era um mosteiro. Era lá que pretendia recolher-se na velhice. Mas não conseguiu, porque antes deveria pessoalmente escolher, instruir e formar o bispo substituto. No dia 27 de julho de 916 ele faleceu na cidade de Velika.
Seu corpo foi sepultado no Mosteiro de Ochrida, onde seu túmulo passou a ser visitado e venerado pela população. Em alguns lugares, por tradição popular, costuma ser lembrado no dia 25 de novembro. A Igreja Católica proclamou-o santo e escolheu o dia de sua morte, 27 de julho, para as homenagens litúrgicas.
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