São
Pantaleão
O santo de hoje
viveu no séc. III e IV da era cristã, durante um período de intensa perseguição
aos cristãos que não podiam professar a própria fé, pois o que predominava
naquela época era o culto aos deuses pagãos.
Pantaleão era
filho de Eustóquio, gentio e de Êubola, cristã. Sua mãe encaminhou-o na fé
cristã. Após o falecimento de sua mãe, Pantaleão foi aplicado pelo pai aos
estudos de retórica, filosofia e medicina.
Durante a
perseguição, travou amizade com um sacerdote, exemplo de virtude, Hermolau, que
o persuadiu de Nosso Senhor Jesus Cristo ser o autor da vida e o senhor da
verdadeira saúde.
Um dia que se viu
diante de uma criança morta por uma víbora, disse para consigo: "Agora
verei se é verdade o que Hermolau me diz". E, segundo isto, diz ao menino:
"Em nome de Jesus Cristo, levanta-te; e tu, animal peçonhento, sofre o mal
que fizeste". Levantou-se a criança e a víbora ficou morta; em vista
disso, Pantaleão converteu-se e recebeu logo o santo batismo.
Acabou sendo
convocado pelo imperador Maximiano como seu médico pessoal. As milagrosas curas
que em nome de Jesus Cristo realizava, suscitaram a inveja de outros médicos,
que o acusaram de cristão perante o imperador que, por sua vez, o mandou ser
amarrado a uma árvore e degolado.
Desta forma,
assumindo a coroa do martírio, São Pantaleão passou desta vida para a vida
eterna.
São Pantaleão,
rogai por nós!
São
Celestino I
O papa Celestino I, eleito em 10 de setembro de 422, nasceu na Campânia,
no sul da Itália. Considerado um governante de atitude, foi também um pioneiro
em muitos aspectos. Enfrentou as graves questões da época de tal maneira que
passou para a história, embora o seu mandato tenha durado apenas uma década.
Era um período de reconstrução para Roma, que fora quase destruída pela invasão dos bárbaros, liderados por Alarico. O papa Clementino I participou ativamente restaurando numerosas basílicas, entre elas a de Santa Maria, em Trastevere, a primeira dedicada a Nossa Senhora, e construiu a de Santa Sabina. Além disso, entendia que o papa tinha o direito de responder pessoalmente a correspondência enviada pelos cristãos leigos e não apenas das autoridades e dos clérigos. E ele o exerceu por meio de suas cartas, as quais chamava de decretais, e que se tornaram a semente do direito canônico. Também foi vigoroso o intercâmbio de correspondência que manteve com seu amigo e contemporâneo, santo Agostinho, o bispo de Hipona, do qual foi ferrenho defensor.
Foi ele o primeiro a determinar que os bispos não deveriam nunca negar a absolvição a alguém que estivesse morrendo. Também proibiu que os bispos vestissem cintos e mantos como os monges. Combateu as heresias, ajudou a esclarecer dúvidas doutrinais e combateu os abusos que se instalavam nas sedes episcopais. Seus atos pareciam acertar todo alvo escolhido. Enviou são Patrício à Irlanda e são Paládio à Escócia e, como se sabe, ambos se tornaram, histórica e espiritualmente, ligados a esses países para todo o sempre.
Outro evento importantíssimo realizado sob sua direção foi o Concílio de Éfeso, em 431. A importância desse Concílio, o segundo realizado pela Igreja e do qual participaram apenas cento e sessenta bispos, foi que nele se confirmou o dogma de Maria como "Mãe de Deus" e não apenas "mãe do homem", como pregava o arcebispo de Constantinopla, Nestório. Ele defendia a tese de que Jesus não era Deus quando nasceu e, portanto, Maria era apenas a mãe do homem Jesus e não de Deus feito homem.
O papa Celestino I, para acabar com a confusão que se generalizara no mundo cristão, determinou que são Cirilo, bispo de Alexandria, dirigisse o Concílio, que se iniciou em 22 de junho de 431. Ao seu final, foi restabelecida a verdade bíblica do nascimento do Cristo. O papa enviou comunicados a todas as autoridades do mundo não só explicando a decisão, mas informando a destituição e condenação do bispo Nestório, que foi poupado da excomunhão.
Este foi seu último documento oficial, expedido na data de 15 de março de 432, que fechou com chave de ouro seu pontificado, pois morreria alguns meses depois, em 27 de julho. São Celestino I foi sepultado numa capela do cemitério de Priscila. Em 817, suas relíquias foram colocadas na basílica de Santa Praxedes, e uma parte delas enviadas para a catedral de Mantova.
Era um período de reconstrução para Roma, que fora quase destruída pela invasão dos bárbaros, liderados por Alarico. O papa Clementino I participou ativamente restaurando numerosas basílicas, entre elas a de Santa Maria, em Trastevere, a primeira dedicada a Nossa Senhora, e construiu a de Santa Sabina. Além disso, entendia que o papa tinha o direito de responder pessoalmente a correspondência enviada pelos cristãos leigos e não apenas das autoridades e dos clérigos. E ele o exerceu por meio de suas cartas, as quais chamava de decretais, e que se tornaram a semente do direito canônico. Também foi vigoroso o intercâmbio de correspondência que manteve com seu amigo e contemporâneo, santo Agostinho, o bispo de Hipona, do qual foi ferrenho defensor.
Foi ele o primeiro a determinar que os bispos não deveriam nunca negar a absolvição a alguém que estivesse morrendo. Também proibiu que os bispos vestissem cintos e mantos como os monges. Combateu as heresias, ajudou a esclarecer dúvidas doutrinais e combateu os abusos que se instalavam nas sedes episcopais. Seus atos pareciam acertar todo alvo escolhido. Enviou são Patrício à Irlanda e são Paládio à Escócia e, como se sabe, ambos se tornaram, histórica e espiritualmente, ligados a esses países para todo o sempre.
Outro evento importantíssimo realizado sob sua direção foi o Concílio de Éfeso, em 431. A importância desse Concílio, o segundo realizado pela Igreja e do qual participaram apenas cento e sessenta bispos, foi que nele se confirmou o dogma de Maria como "Mãe de Deus" e não apenas "mãe do homem", como pregava o arcebispo de Constantinopla, Nestório. Ele defendia a tese de que Jesus não era Deus quando nasceu e, portanto, Maria era apenas a mãe do homem Jesus e não de Deus feito homem.
O papa Celestino I, para acabar com a confusão que se generalizara no mundo cristão, determinou que são Cirilo, bispo de Alexandria, dirigisse o Concílio, que se iniciou em 22 de junho de 431. Ao seu final, foi restabelecida a verdade bíblica do nascimento do Cristo. O papa enviou comunicados a todas as autoridades do mundo não só explicando a decisão, mas informando a destituição e condenação do bispo Nestório, que foi poupado da excomunhão.
Este foi seu último documento oficial, expedido na data de 15 de março de 432, que fechou com chave de ouro seu pontificado, pois morreria alguns meses depois, em 27 de julho. São Celestino I foi sepultado numa capela do cemitério de Priscila. Em 817, suas relíquias foram colocadas na basílica de Santa Praxedes, e uma parte delas enviadas para a catedral de Mantova.
São
Raimundo Zanfogni
Raimundo Zanfogni voltava com sua mãe da Terra Santa quando esta morreu.
Tinha quinze anos quando retornou à sua terra natal, depois dessa viagem. Ele
nasceu em Piacenza, Itália, no ano de 1140. Mais tarde, casou-se e teve cinco
filhos, porém todos morreram no mesmo ano. Nasceu então um outro, Geraldo,
forte e sadio, mas a esposa adoeceu e morreu quando o menino ainda era muito
pequeno. Por isso decidiu deixar o filho com os sogros, que o educaram no
seguimento de Cristo, e tornou-se um peregrino.
Primeiro foi à Santiago de Compostela, depois a Roma, de onde seguiu para Jerusalém e voltou novamente para Roma. Mas aconteceu algo que o reconduziu a Piacenza. Dizia ter recebido um aviso divino de que deveria retornar e cuidar dos pobres de sua cidade. E ali, imediatamente, iniciou a sua obra.
Raimundo passou a cuidar dos doentes e moribundos, num tempo em que não existia assistência aos necessitados. Fundou uma espécie de hospedaria-albergue, onde tratava a todos com dedicação e dignidade, enxergando em cada um deles a face de Cristo. Como não tinha muitas posses, tornou-se esmoler para manter suas obras. Freqüentava todos os dias as igrejas, pregava pelas ruas e fazia procissões com seus pobres, solicitando a caridade das pessoas. Logo ele passou a abrigar também as crianças abandonadas, que se tornaram a grande razão de sua vida.
Além de dar abrigo e cuidado, afeto e carinho, ele catequizava a todos na doutrina cristã. Era um simples leigo, tinha pouca instrução, mas possuía o dom da sabedoria e pregava com autoridade. Por isso ele tomou a iniciativa de advertir publicamente o próprio bispo, que não se posicionava com firmeza diante dos problemas da cidade. Na época, Piacenza e Cremona passavam por constantes lutas, resultando em mortos inocentes. Servindo de mediador, Raimundo conseguiu solucionar o conflito.
Tornou-se o protetor dos pobres e das vítimas dos abusos de todos os gêneros, que ele mesmo acompanhava aos tribunais defendendo-os na frente dos juízes insensíveis e prepotentes. As autoridades do governo, por fim, passaram a consultá-lo em todas as questões que envolviam os pobres.
Faleceu no dia 27 de julho de 1200, entre seus pobres, e exortando ao filho Geraldo que se tornasse sacerdote, o que de fato ocorreu pouco tempo depois. Com fama de santidade em vida, foi sepultado próximo à capela dos Doze Apóstolos. Logo as notícias de graças e prodígios se espalharam pela região e a casa dos seus pobres,passou a ser chamada de Hospedaria de São Raimundo Zanfogni. Mas ele só foi canonizado em 1602, pelo papa Clemente VIII, que designou o dia de sua morte para a celebração litúrgica.
Primeiro foi à Santiago de Compostela, depois a Roma, de onde seguiu para Jerusalém e voltou novamente para Roma. Mas aconteceu algo que o reconduziu a Piacenza. Dizia ter recebido um aviso divino de que deveria retornar e cuidar dos pobres de sua cidade. E ali, imediatamente, iniciou a sua obra.
Raimundo passou a cuidar dos doentes e moribundos, num tempo em que não existia assistência aos necessitados. Fundou uma espécie de hospedaria-albergue, onde tratava a todos com dedicação e dignidade, enxergando em cada um deles a face de Cristo. Como não tinha muitas posses, tornou-se esmoler para manter suas obras. Freqüentava todos os dias as igrejas, pregava pelas ruas e fazia procissões com seus pobres, solicitando a caridade das pessoas. Logo ele passou a abrigar também as crianças abandonadas, que se tornaram a grande razão de sua vida.
Além de dar abrigo e cuidado, afeto e carinho, ele catequizava a todos na doutrina cristã. Era um simples leigo, tinha pouca instrução, mas possuía o dom da sabedoria e pregava com autoridade. Por isso ele tomou a iniciativa de advertir publicamente o próprio bispo, que não se posicionava com firmeza diante dos problemas da cidade. Na época, Piacenza e Cremona passavam por constantes lutas, resultando em mortos inocentes. Servindo de mediador, Raimundo conseguiu solucionar o conflito.
Tornou-se o protetor dos pobres e das vítimas dos abusos de todos os gêneros, que ele mesmo acompanhava aos tribunais defendendo-os na frente dos juízes insensíveis e prepotentes. As autoridades do governo, por fim, passaram a consultá-lo em todas as questões que envolviam os pobres.
Faleceu no dia 27 de julho de 1200, entre seus pobres, e exortando ao filho Geraldo que se tornasse sacerdote, o que de fato ocorreu pouco tempo depois. Com fama de santidade em vida, foi sepultado próximo à capela dos Doze Apóstolos. Logo as notícias de graças e prodígios se espalharam pela região e a casa dos seus pobres,passou a ser chamada de Hospedaria de São Raimundo Zanfogni. Mas ele só foi canonizado em 1602, pelo papa Clemente VIII, que designou o dia de sua morte para a celebração litúrgica.
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