Santo
Adriano
Adriano
viveu no século IV. Era casado com Natália. Recebia oração e via o testemunho
de sua esposa nas pequenas coisas, na fidelidade, no amor a Deus e a ele.
Adriano
pertencia à chefia da guarda romana, onde o Imperador Diocleciano perseguia
duramente os cristãos. Numa ocasião, foram presos 22 cristãos, que
testemunharam Jesus perante os tribunais. O coração de Adriano se decidiu por
Cristo naquele momento e quis pertencer ao número daqueles heróis do Senhor.
Decidiu-se por Cristo, foi preso, sofreu todas as pressões para negar a fé em
Cristo e na Igreja.
Natália
acompanhou tudo e orava pela fidelidade de seu esposo a Cristo. Adriano teve
uma última chance de declarar seu amor à esposa e foi martirizado, queimado
vivo, juntamente com os outros 22 cristãos.
Santo
Adriano, rogai por nós!
São Vilibaldo
Vilibaldo
nasceu em 22 de outubro de 700, na cidade de Wessel, na Inglaterra. Pertencia à
casa real dos Kents, seu pai era o rei Ricardo I e os irmãos eram Vunibaldo e
Valburga. Todos eles, mais tarde, inscritos no livro dos santos da Igreja.
Ainda criança, ele foi confiado aos monges beneditinos da Abadia de Waltham,
que cuidaram se sua formação intelectual e religiosa. Foi ali, entre eles, que
decidiu ser também um monge. Mas, em 720, saiu do mosteiro e da Inglaterra,
antes de fazer os votos definitivos, e nunca mais voltou para sua pátria. Na
companhia de seu pai e seu irmão, seguiu para uma longa peregrinação, cuja meta
final era Jerusalém. A viagem foi interrompida em 722, quando seu pai, o rei,
morreu na Itália. Assim, ele e o irmão resolveram ficar em Roma.
Dois anos depois, sem Vunibaldo, continuou a peregrinação percorrendo toda a
Palestina, que estava sob o domínio árabe. Os peregrinos, em geral, eram bem
acolhidos, entretanto, por causa das tensões políticas com o Império do
Oriente, Vilibaldo e outros peregrinos quase foram presos, mas puderam
prosseguir o caminho em paz. Cinco anos depois, em 729, retornou para Roma.
Nesse mesmo ano, o papa Gregório II o enviou para o Mosteiro de Montecassino,
que havia sido reerguido das ruínas e carecia de um novo quadro de monges.
Vilibaldo deu, então, novo fôlego a esse celeiro de homens dedicados à
santificação, restabelecendo as regras beneditinas, de acordo com o Livro do
fundador, que permanecera a salvo em Roma. Assim, este "quase-monge"
inglês, que ainda continuava sem os votos definitivos, recebeu a relíquia do
papa e com ela organizou e formou uma nova geração de monges, dentro da
verdadeira tradição e do estilo de vida espiritual instituído pelo fundador. A
essa obra dedicou outros dez anos de sua vida.
Novamente foi a Roma, para encontrar-se com o papa sucessor, Gregório III, que
lhe pediu ajuda para a evangelização da Germânia. Assim, Vilibaldo tornou a
partir, viajando por todos os recantos da Europa. Até ser requisitado por seu
tio, o arcebispo da Alemanha, que alicerçava uma estrutura diocesana na região
e precisava do seu auxilio. Só em 740 Vilibaldo recebeu a ordem sacerdotal
definitiva, para ser consagrado bispo de Eichestat, pelo próprio tio,
Bonifácio, hoje santo e chamado "apóstolo da Alemanha".
O bispo Vilibaldo construiu sua catedral, fundou um mosteiro e, sobretudo,
controlou rigorosamente todos os outros que ali existiam, por determinação de
Bonifácio. A partir de então, iniciou uma experiência nova: a de evangelizador
itinerante, colocando-se frente a frente com os fiéis que aos poucos iam se
convertendo ao cristianismo.
À obra dedicou-se até morrer, no dia 7 de julho de 787, no seu mosteiro de
Eichestat, na Alemanha. Com fama de santidade ainda em vida, logo passou a ser
venerado num culto espontâneo e vigoroso, muito antes do seu reconhecimento
canônico, em 1256.
Bento XI
Nicolau
Boccasini nasceu numa família muito pobre e cristã, em Treviso, no norte da
Itália, em 1240. Sua mãe era uma humilde lavadeira num convento dominicano, por
isso muito cedo a vocação para a vida religiosa se acendeu no seu peito. E ele
soube muito bem reconhecer o chamado para a fé.
Aos dezessete anos, Nicolau ingressou na Ordem Dominicana e vestiu o hábito.
Assim, pôde completar os estudos em Milão, onde se ordenou padre antes de
voltar a sua terra natal. Com a mesma rapidez sua carreira foi trilhando o
caminho que o levaria à história, como pacificador de poderosos reinos em
guerra e à cátedra de Pedro. Em 1286, já era superior provincial da região
lombarda, e dez anos depois sucedia Estêvão de Besançon no cargo de geral da
Ordem de São Domingos.
Foi nessa posição que realizou uma das tarefas mais difíceis de sua vida.
Conseguiu uma trégua que parecia impossível entre os reis da Inglaterra, Eduardo
I, e da França, Felipe, o Belo. Com essa missão de paz totalmente coroada de
êxito, Nicolau foi consagrado cardeal pelo papa Bonifácio VIII. Ao dar tal
honraria a um dominicano, homenageou toda aquela Ordem, por sua fidelidade ao
papa em todos os momentos difíceis por que ele passara. Era um período de
inúmeros conflitos espalhados pelo mundo todo, assim Bonifácio resolveu manter
ao seu lado o cardeal Nicolau, já considerado um dos melhores especialistas em
negociações diplomáticas com reis e imperadores.
Nicolau estava ao lado do papa Bonifácio VIII quando ocorreu o célebre episódio
da bofetada. Enviado pelo rei da França, Guilherme de Nogaret desferiu um
humilhante tapa no rosto do papa, como um recado de Felipe, o Belo. Logo em
seguida o papa Bonifácio VIII veio a falecer. Por seu talento conciliador,
Nicolau foi eleito seu sucessor em 22 de outubro de 1303, com o nome de Bento
XI. E de fato, em pouco tempo as desavenças entre Roma e França dissiparam-se.
Ele absolveu Felipe, o Belo, das censuras que pesavam sobre o monarca,
entretanto foi duro com o mensageiro que desferiu o tapa contra o rosto do papa
morto. Guilherme Nogaret foi excomungado definitivamente da Igreja.
Todavia o papa Bento XI teve um pontificado muito curto, durou apenas até o dia
7 de julho de 1304, quando morreu de repente. Ele preferiu residir em Perugia
em vez de permanecer em Roma, para evitar a convivência com os perigosos
inimigos da Igreja. Mas dizem que mesmo assim foi atingido mortalmente por
eles. Contam os escritos que, ao comer um figo, o papa Bento XI começou a
sentir-se mal e desconfiou que tinha sido envenenado. Por isso pediu para
abrirem as portas de sua residência e chamou todos os fiéis para uma última
audiência e bênção. Como supôs, morreu algumas horas depois.
Conciliador quando necessário, o papa Bento XI não descuidou dos preceitos da
fé. Foi ele que instituiu o decreto que obriga todo cristão a confessar-se pelo
menos uma vez por ano.
Maria Romero
Meneses
Maria Romero Meneses nasceu em 13 de janeiro de 1902 em Granada, na
Nicarágua, e pertencia a uma família católica, cujas raízes eram espanholas .
Os pais, Félix e Ana, eram de classe média e tiveram treze filhos. Ela recebeu
uma sólida formação religiosa e excelente instrução tradicional. Gostava de
estudar música, desenho e pintura, possuindo um raro talento para as artes.
Aos doze anos, entrou para a escola das Filhas de Maria Auxiliadora,
recém-chegadas àquele país. Mas, por causa de uma grave doença, ainda noviça
teve de voltar para casa. Com o consentimento do seu confessor, emitiu o voto
particular de castidade. Seis anos depois, estava formada e lecionava para as
jovens naquele mesmo instituto. Em 1923, consagrou-se a Deus e a Nossa Senhora,
emitindo os votos religiosos.
Foi transferida para a missão na Costa Rica, em 1931, onde ensinava música,
desenho e datilografia. Além disso, incluiu nas suas atividades educativas a
catequese ministrada aos jovens da periferia da capital, São José.
Passados três anos, Maria Romero deu vida a outra maneira de evangelização,
socorria as famílias pobres e marginalizadas, contando para isso com a caridade
vinda das famílias mais ricas.
Em 1961, ela, sempre sensível ao "grito dos pobres", iniciou uma
série de cursos de qualificação profissional para os jovens carentes e também
para os adultos. Essa iniciativa foi apenas a abertura para muitas outras
obras, todas direcionadas à população mais sofrida, até finalizar com a
fundação das Obras Sociais de Maria Auxiliadora.
Com a autorização do bispo, quatro anos depois, começou uma série de exercícios
espirituais destinados às várias categorias: jovens, benfeitores das Obras e
mães de família que, com os seus filhos, não raro doentes, ali recebiam a
assistência médica gratuita. Contando com a colaboração e a disponibilidade de
alguns médicos e enfermeiros de boa vontade, em 1966 fundaram um hospital de
clínicas gerais, destinado ao atendimento de toda a comunidade, mas
beneficiando especialmente os pobres.
Autorizada pelo arcebispo de São José e com a aprovação da sua superiora, em
1973 mobilizou-se e conseguiu um grande terreno e a construção de um número
ainda maior de casas destinadas aos desabrigados das periferias. Atualmente, o
local tornou-se a cidade de Santa Maria, em homenagem a sua fundadora.
Outro dom que Maria Romero possuía era o do conselho, que ela não negava a
ninguém. Houve uma comoção muito forte em todo o país, ao ser noticiada sua
morte no dia 7 de julho de 1977, ocorrida subitamente quando regressava de um
descanso na Nicarágua.
O governo da Costa Rica declarou-a "cidadã honorária da nação". O
papa João Paulo II beatificou irmã Maria Romero Meneses em 2000. Ela é venerada
no dia de seu trânsito e suas relíquias estão sepultadas na igreja de São José
da Costa Rica.
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